O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) emitiu uma nota na qual desmascara a última campanha publicitária do Lidl, confrontando-a com a realidade vivida pelos trabalhadores da empresa.
Para o sindicato, o Lidl sabe que a maioria dos trabalhadores das suas lojas e entrepostos recebe menos que o Salário Mínimo Nacional, por causa da insistência da empresa nos part-times de 28 horas semanais. Segundo o CESP, os trabalhadores do Lidl são crescentemente atingidos pelo aumento brutal do custo de vida e os salários acabam cada vez mais longe do fim do mês, e a vida desregula-se cada vez mais.
Sabendo desta triste realidade, o patronato, ao invés de aumentar salários de quem cria a riqueza, optou por sortear cheques-oferta de 200 mil euros aos clientes, sabendo perfeitamente que podia e conseguia melhorar a vida dos trabalhadores.
Para o CESP «não pode ser assim» e o sindicato exige o aumento dos salários de todos os trabalhadores em, pelo menos, 15%, não inferior a 150 euros; a fixação do salário de entrada na empresa em 1000€ em Janeiro de 2025; o subsídio de alimentação de 10,20 euros por dia para todos. Além disto a estrutura da CGTP-IN exige a passagem dos trabalhadores part-time para tempo completo, com salário completo; a contratação de mais trabalhadores para a limpeza e vigilância, dando resposta às necessidades reais de cada loja e armazém; e que todos os postos de trabalho permanentes têm de ser ocupados por trabalhadores com contratos de trabalho sem termo (efectivo).
Ante tudo o que se verifica e a falta de resposta do patronato, o CESP diz quer reunir com
a administração do Lidl no mês de Novembro para negociar seriamente as reivindicações dos trabalhadores para 2025.
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