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Adesão à greve na Portway ronda os 70% e «complica» os voos previstos

A greve dos trabalhadores da Portway manteve na tarde de ontem uma adesão idêntica à registada de manhã, de 70%, com o sindicato a antever um domingo «complicadíssimo» para o tráfego áereo.

A Portway Handling de Portugal é detida pelo grupo Vinci, que opera em vários aeroportos
Créditos / Wikimedia Commons

«Têm-se mantido atrasos nos voos, até porque a sua rotação começou logo a ser afectada pelas primeiras saídas da manhã e pelas primeiras chegadas da manhã, a partir daí, até quando os próprios aviões regressavam a Portugal já vinham com cerca de uma hora de atraso», disse à Lusa Fernando Simões, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC).

O nível de adesão à greve nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal manteve-se assim nos 70%, o valor registado durante a manhã, acrescentou.

A greve dos trabalhadores da Portway (empresa de assistência em terra nos aeroportos), convocada pelo SINTAC, começou na sexta-feira e terminará hoje.

O SINTAC, em comunicado aquando do pré-aviso de greve, indicou que decidiu avançar para a paralisação porque a empresa, «através dos seus administradores pertencentes ao grupo Vinci, não cumpriu o devido descongelamento de carreiras no passado mês de Novembro conforme tinha assinado em 2016».

O sindicato referiu que, «como se ainda não bastasse», a empresa «começou a cortar abonos sociais e direitos adquiridos por todos os seus trabalhadores ao longo de 20 anos, não reconhecendo assim «todo o esforço dos trabalhadores», «com um único objectivo, o de não baixar os seus lucros a fim de poder encher ainda mais os cofres do grupo Vinci».

Questionado sobre o balanço da greve efectuado pela ANA - Aeroportos de Portugal, que disse que o impacto da paralisação estava a ser «reduzido» em Lisboa e que não era assinalável no Porto, em Faro e no Funchal, o dirigente sindical considerou tratar-se de «um grande contrassenso».

«O impacto reduzid1o de que a ANA fala em parte é um grande contrassenso quando a mesma tem no seu ‘site’ um aviso que, derivado à greve decretada pelo SINTAC, existirão possíveis constrangimentos e aconselha os passageiros a contactar as companhias», disse Fernando Simões.

Além disso, continuou, «na aerogare, a informação que a ANA está a dar nos ‘placards’ não está certa, não bate certo com aquilo que muitas vezes acontece na informação dos atrasos dos voos no seu ‘site’ na Internet».

Para hoje, último dia da greve, o dirigente sindical antevê «um dia complicadíssimo», já que vai ser «um dia com maior número de voos até do que sexta-feira».


Com agência Lusa

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