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Recuperar os Montes Golã ocupados é uma «prioridade» para a Síria

Os Montes Golã ocupados por Israel são parte integrante da Síria e a sua recuperação é uma «prioridade», reafirmou esta terça-feira a diplomacia do país árabe nas Nações Unidas.

Montes Golã ocupados
Créditos / Sputnik News

Numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) dedicada à situação no Médio Oriente, o embaixador da Síria junto da ONU, Bashar al-Ja'afari, lamentou que o organismo internacional, sob pressão de alguns dos seus membros permanentes, não tenha sido capaz de levar a efeito as suas resoluções relativas ao fim da ocupação israelita dos territórios árabes.

Destacou ainda que a incapacidade das Nações Unidas em encontrar uma solução justa e integral para a Palestina encorajou algumas partes a tentar renunciar às suas obrigações legais, a distorcer os factos e a consolidar a ocupação israelita, informa a agência SANA.

«As declarações de Washington sobre Jerusalém e os Montes Golã sírios ocupados por Israel constituem um acto unilateral e exercido por uma parte que carece de capacidade política ou legal para agir sobre territórios que integram a República Árabe da Síria e a Palestina ocupada», disse, referindo-se ao reconhecimento, pela Casa Branca, de Jerusalém como capital de Israel e, em Março último, da soberania israelita sobre os Montes Golã ocupados.


Al-Ja'afari reafirmou o apelo do seu país ao CSNU para que obrigue a ocupação israelita a parar as suas actividades nos Montes Golã sírios e a deixar de saquear as suas antiguidades e recursos, incluindo o petróleo.

Os Montes Golã sírios foram ocupados na quase totalidade por Israel na sequência da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e passaram a ser administrados pela entidade sionista em 1981 – o que significou a anexação territorial de facto. No entanto, essa anexação não foi reconhecida pela grande maioria dos países.

O diplomata sírio sublinhou ainda que as medidas tomadas pelo ocupante israelita nos territórios palestinianos e nos Montes Golã sírios «violam gravemente o direito internacional e o direito internacional humanitário, com o qual «algumas partes lidam recorrendo a uma política de dois pesos e duas medidas e de hipocrisia».

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