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Sobrelotações e supressões na Linha de Sintra ameaçam saúde dos utentes

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra denuncia supressões de comboios e consequentes sobrelotações, incumprindo normas de resposta à Covid-19. CP confirma redução diária de 65 comboios naquele troço.

Créditos / Nuno Morão

A situação que tem vindo a ser denunciada pela Comissão de Utentes da Linha de Sintra levou o Grupo Parlamentar do PCP a questionar esta segunda-feira o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

A informação disponibilizada pela CP, na sua página oficial, é a da supressão de 65 comboios por dia útil, na Linha de Sintra, alguns nas «horas de ponta», inviabilizando assim as medidas requeridas pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), designadamente o afastamento de pelo menos um metro de distância.

No passado dia 19 de Março, a empresa anunciou o reforço de comboios, mas os problemas voltaram a registar-se no dia seguinte (20). Os comunistas lembram que a situação que o País vive exige que «sejam respeitados os direitos de assistência à família por parte dos trabalhadores, nomeadamente na CP».

Sublinham a importância de se tomar medidas que garantam o transporte ferroviário, «em condições que não ponham em causa a saúde dos milhares de trabalhadores que têm de se deslocar para os seus locais de trabalho a fim de desenvolver actividades na área da saúde, limpeza, higiene e recolha urbana», ou «distribuição de bens de consumo essenciais».

O PCP questiona o Governo sobre o facto de não existir informação disponível, tanto sobre as alterações à circulação nas estações e nos comboios, como sobre as normas de higiene a cumprir, nas estações e nos comboios.

Tal como reivindicado já pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), os comunistas indagam sobre o porquê de ainda não se ter procedido à abertura das cancelas das estações, como acontece, por exemplo, no Metro de Lisboa.

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