O encontro na ilha caribenha irá prolongar-se por seis dias, até 18, período durante o qual os mandatários presentes irão dialogar sobre a aliança com blocos de integração regional em África e na América Latina. A agenda contempla ainda deliberações sobre a nova ordem económica internacional, a segurança mundial e os direitos humanos.
Para além disso, os países-membros propõem-se reafirmar a adesão aos seus princípios e objectivos, analisar a situação no Médio Oriente e adoptar uma posição sobre a ingerência norte-americana nos assuntos internos nas nações progressistas da América Latina, noticia a Prensa Latina.
É a primeira vez que a Venezuela assume a presidência deste bloco, integrado por 120 países da América Latina e das Caraíbas, África, Ásia e Europa Oriental, e que representam quase dois terços dos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Dos países da região, só Cuba (em 1979 e 2006) e a Colômbia (em 1995) tinham assumido a presidência do Movimento dos Países Não-Alinhados.
Este movimento foi formalmente criado na Conferência de Belgrado, em 1961, sob os princípios de preservação das independências nacionais, não integração em nenhum bloco militar, recusa do estabelecimento de bases militares estrangeiras, defesa do direito dos povos à autodeterminação e luta por um desarmamento completo e geral.
Vitória diplomática para a nação bolivariana
A realização desta cimeira na Venezuela constitui um revés para as manobras da direita nacional e internacional, que procuram isolar e desestabilizar o país caribenho.
Membros do Executivo venezuelano afirmaram que o evento irá decorrer com garantias de segurança para todas as delegações e sublinharam a importância de o país assumir a presidência da organização, «mostrando que a Venezuela não está isolada» e «dando-lhe força para lidar com a guerra mediática e económica dos sectores radicais da direita».
Também o presidente Nicolás Maduro afirmou que o encontro na Ilha Margarita constitui um «momento histórico da nova geopolítica mundial», em que se deve unir esforços para enfrentar as pretensões neocolonialistas da Casa Branca, refere a TeleSur.
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