A partir do cruzamento entre os dados divulgados pelo GEP/MTSSS com o número de empresas apuradas pelo INE, a CGTP-IN concluiu que se candidataram ao lay-off simplificado 53,5% do total das empresas com 250 ou mais trabalhadores, o mesmo acontecendo com 51,6% das empresas entre 50 a 249 trabalhadores, mas apenas 8,3% das empresas com menos de 50 trabalhadores.
Para a CGTP-IN, estes dados comprovam que o regime de lay-off simplificado «pôs o Estado a pagar o grosso dos salários às empresas que têm todas as condições económicas para não usarem os apoios concedidos ao abrigo deste regime».
«O dinheiro que falta para o apoio aos trabalhadores e às MPME, é assim apropriado pelos detentores dos grandes grupos económicos», afirma a Intersindical.
Segundo a central sindical, estes benefícios são concedidos a empresas com «resultados brutais» que «distribuem lucros entre os seus accionistas» pelo que, no lugar dos apoios, «deviam ser chamadas a pagar impostos sobre os resultados que anunciam e que escandalosamente continuam a não estar sujeitos a tributação».
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