«Apuramos que a empresa esteve cerca de um mês e meio em situação de lay-off simplificado entre Março e Abril», bem como o facto de «as trabalhadoras terem sido forçadas a férias até 17 de Agosto», pode ler-se em nota da organização regional do PCP.
Na passada semana começaram a receber cartas de despedimento, tendo assim conhecimento de que a insolvência teria sido declarada. O PCP, que já colocou a pergunta ao Governo, refere que ficaram por liquidar os salários de Julho e Agosto e as respectivas indemnizações, e que não foram até à data entregues aos trabalhadores os documentos para acesso ao subsídio de desemprego.
Os comunistas denunciam ainda que a empresa procurou «livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores» a este encerramento e, no final de Julho, enquanto as trabalhadoras gozavam férias, «foram vistos camiões junto da empresa». «Fica a dúvida se estariam a retirar máquinas, matérias-primas e mercadorias, transferindo para outros locais e lesando assim a empresa no seu património, bem como aos trabalhadores», pode ler-se na nota.
O PCP lamenta que a Azincon «procure afastar-se de culpas», tendo recorrido ao lay-off e recebido apoios para depois encerrar, «desculpando-se ainda que não tinha como fazer turnos desfasados que permitissem o afastamento físico», para além de ter tentado responsabilizar as trabalhadoras pela situação, nomeadamente as que gozaram do direito legal à assistência a filho menor de 12 anos.
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