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Utentes reivindicam resposta pública para os mais velhos 

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo salienta que a falta de uma rede pública de lares e casas de acolhimento, associada aos baixos salários, coloca «reais dificuldades» às famílias.

A Comissão de Utentes alerta, numa nota enviada ao AbrilAbril, para os «dramas» vividos pelas famílias, quando recebem a informação «de que os idosos à sua responsabilidade têm alta hospitalar ou diagnóstico de que têm de estar permanentemente acompanhados e não têm condições residenciais, económicas e tempo disponível para tratar os que precisam de ajuda».

Com baixos salários e a ausência de uma rede pública de lares e casas de acolhimento, as famílias portuguesas «têm reais dificuldades para dar condições de vida e de saúde aos mais idosos», recorrendo a instituições de carácter social ou privado, muidas delas subsidiadas pela Segurança Social, de acordo com a respectiva capacidade económica.

Neste sentido, a Comissão de Utentes do Médio Tejo (CUSMT) reivindica que os lares e casas de acolhimento passem a estar sob a tutela conjunta dos ministérios da Solidariedade e Saúde, e seja criada uma rede pública de lares e casas de acolhimento. 

O alargamento da hospitalização domiciliária e outros cuidados médicos ao domicílio, no âmbito dos cuidados primários de saúde, é outro aspecto vincado pelos utentes, que apontam para a necessidade de as equipas da Segurança Social e da Saúde, criadas no âmbito da Covid-19, terem carácter permanente.

A CUSMT alerta ainda para a urgência de se realizarem vistorias em todas as estruturas licenciadas, podendo ser encerradas todas as que não reúnam condições adequadas no presente, ou se preveja que não venham a reunir no futuro. Simultaneamente, defende uma articulação entre a rede pública de lares e as casas de acolhimento com os diversos níveis de cuidados de saúde, bem como a concretização de um plano de formação e valorização profissional dos trabalhadores.

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