O ano lectivo começou com um agravamento da precariedade para os trrabalhadores das cantinas escolares, onde a resposta a uma necessidade permanente é deixada nas mãos de empresas privadas como a Uniself, a Eurest e a Ica.
90%
Mais de 90% dos trabalhadores das cantinas escolares não têm vínculos permanentes, apesar de darem resposta a necessidades permanentes das escolas
A greve nacional de hoje implicou o encerramento de mais de 200 cantinas escolares por todo o País e foram várias as concentrações de trabalhadores, nomeadamente no Porto e em Coimbra, junto às respectivas delegações da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).
Segundo a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN), há empresas que, alegando o período experimental, estão a despedir abusivamente funcionários que trabalham há muitos anos na mesma cantina e estão a empurrar a contratação para as empresas de trabalho temporário.
Por outro lado, para poderem despedir a qualquer momento, apoiando-se na instabilidade decorrente da crise sanitária que poderá levar ao encerramento das escolas, as empresas estão a contratar os trabalhadores a termo incerto.
Há ainda empresas que, contratando trabalhadores a termo certo, o fazem para apenas três meses, quando o contrato de prestação de serviços é para todo o ano lectivo.
A carga horária diária e semanal, bem como o quadro de pessoal, tem sido reduzidos, apesar de haver mais tarefas a cumprir devido às medidas de prevenção dos contágios da Covid-19, pelo que estão a ser exigidos ritmos de trabalho muito intensos aos trabalhadores.
Entre os objectivos da greve contam-se: contratação directa dos trabalhadores sem recurso a empresas de trabalho temporário, efectividade dos trabalhadores que ocupam postos de trabalho permanentes, contratos de trabalho para todo o ano lectivo; reposição da carga horária do ano lectivo anterior e o mínimo de 25 horas semanais.
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