Num comunicado emitido esta terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, esclarece que a inclusão deste município na lista que saiu da resolução do Conselho de Ministros, de 2 de Novembro, resulta do facto de Ministério da Saúde e Governo terem deturpado a contagem do número de casos positivos, contabilizados nos 14 dias anteriores a 31 de Outubro.
«Contabilizaram 32 quando, na verdade, o número real de notificações positivas correspondeu a 27», denunciou o autarca, salientando que a plataforma do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) «foi obrigada a corrigir» e já corrigiu os números, situando-os «nos verdadeiros 27».
O número real, observou Vítor Proença, para uma população estimada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2019, dá um resultado de 0,23%, ficando portanto abaixo dos 0,24% previstos para aplicação do critério emanado do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), dos 240 casos por 100 mil habitantes.
Na segunda-feira, a Autoridade Local de Saúde e a Autoridade de Saúde Regional do Litoral Alentejano solicitaram à Direcção-Geral da Saúde (DGS) a correção dos números. «Foram imputados a Alcácer dois casos duplicados, um caso que não pertence ao concelho e mais dois casos "mistério", que não se sabe quem são», criticou o presidente da autarquia.
Indignado, Vítor Proença registava a «elevada seriedade e responsabilidade» por parte do Município e de «todas as entidades locais», sublinhando que, até à data de emissão do comunicado, o Governo, e em particular o Ministério da Saúde, não tinham feito chegar um pedido de desculpas à população, mantendo Alcácer do Sal na lista dos 121 concelhos onde se regista um risco elevado de contágio.
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