É a primeira vez na longa história do estaleiro que o subsídio de Natal não é pago juntamente com a retribuição de Novembro. A situação foi apresentada pelo conselho de administração como «crítica» e a expectativa de obter liquidez para o pagamento do subsídio de Natal até à data limite legal de 15 de Dezembro, não descansa os trabalhadores, que vêem a actual situação como uma «séria ameaça» ao pagamento atempado das próximas retribuições mensais.
Por outro lado, lê-se num comunicado conjunto da comissão de trabalhadores do Alfeite e do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas (STEFFAs/CGTP-IN), o pagamento do subsídio de Natal até à data limite legal também «não eliminará eventuais prejuízos pessoais» para quem legitimamente esperava pelo subsídio na data habitual.
As estruturas denunciam que a actual situação financeira do Arsenal do Alfeite «é o espelho de políticas erradas seguidas no passado, de anos e anos de indecisões e hesitações, de falta de investimento e de não admissão de pessoal, como tem sido amplamente denunciado pelos órgãos representativos dos trabalhadores». Sendo também, sustentam, uma situação que «contrasta fortemente com as intenções anunciadas pelo Governo para o futuro deste estaleiro no curto prazo, designadamente no que toca a investimento e modernização».
Os órgãos representativos dos trabalhadores, que já enviaram um ofício ao ministro da Defesa a solicitar que, em articulação com a administração do Alfeite, seja encontrada uma solução «célere e duradoura» para o financiamento do único estaleiro público, alertam que também a Marinha e o País têm interesse na sua viabilidade.
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