Zhao Lijian, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, declarou ontem, em Pequim, a «oposição firme» às restrições decretadas pelos EUA e afirmou que o seu país irá tomar todas as medidas necessárias para defender a sua soberania, segurança e desenvolvimento.
No dia anterior, o Serviço de Alfândegas e Protecção das Fronteiras dos EUA anunciou que a proibição imposta estava relacionada com alegações de que os produtos são fabricados na região com recurso a «trabalho forçado».
A China tem repetidamente rejeitado esta acusação. Ontem, Zhao disse que o chamado «trabalho forçado» é «a mentira do século», fabricada por certas instituições e pessoas nos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, que tomaram medidas para punir o povo e as empresas da China, e travar o desenvolvimento do país, informa o China Daily.
Zhao Lijian disse ainda que quem se devia sentir envergonhado sobre questões de trabalhos forçados eram os EUA – repetidamente divulgadas pela imprensa –, e referiu-se a uma reportagem publicada no Los Angeles Times sobre trabalho de mulheres reclusas nos EUA.
Também na quinta-feira, Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio, disse que a China se opõe fortemente à interferência dos Estados Unidos e de outros países nos seus assuntos internos, tendo por base «informações falsas e mentiras fabricadas».
Sublinhou ainda que as medidas restritivas aplicadas sobre os produtos fabricados na Região Autónoma Uigure de Xinjiang, nomeadamente os derivados do tomate e do algodão, «terão um impacto negativo», na medida em que estes detêm um papel importante nas cadeias de abastecimento internacionais.
Canadá e Reino Unido juntos na «farsa»
Na quarta-feira, o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros já tinha criticado o Reino Unido e o Canadá por imporem restrições às importações de produtos de Xinjiang (Noroeste da China), alegando o recurso a «trabalhos forçados».
Expressando a fime oposição da China a essa medida, Zhao Lijian afirmou que se trata de uma «farsa realizada por um punhado de políticos» sem «moral ou base factual», indica a Xinhua.
O funcionário instou o Reino Unido e o Canadá a revogar as suas decisões, bem como a deixar de minar os interesses da China e a interferir nos seus assuntos internos.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui