As organizações representativas dos trabalhadores da Petrogal não aceitam a decisão da administração, apoiada pelo Governo, de fechar a refinaria instalada há mais de 50 anos em Matosinhos e que é «um activo estratégico da região e do País», anuncia em comunicado a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Para as 10h da próxima terça-feira, dia 2, está marcada uma tribuna pública frente à sede da Petrogal e do grupo Galp Energia, nas Torres de Lisboa. Ao meio dia, os trabalhadores deslocam o protesto para a residência oficial do primeiro-ministro.
As organizações representativas dos trabalhadores insistem em denunciar que aquilo que move a administração «não são as preocupações ambientais», nem o «abrandamento económico» provocado pela pandemia, nem a chamada «transição energética».
«A única razão para a administração ter mudado a sua posição de defesa da refinação (assumida em Fevereiro de 2019, no âmbito do «Roteiro para a Neutralidade Carbónica») são os fundos comunitários com que o Governo lhe acenou», pode ler-se na nota.
Para além da reversão do encerramento da refinaria de Matosinhos, os trabalhadores consideram «urgente» o retorno do grupo Galp Energia ao controlo público, tendo em conta os superiores interesses locais e nacionais, bem como os lucros que o grupo arrecada desde a sua criação.
O investimento no complexo industrial, de forma a proporcionar uma transição para novas tecnologias de produção, tendo em vista a redução da pegada de carbono de forma sustentada e a médio prazo, com adequados programas de formação dos seus trabalhadores, é outra das reivindicações.
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