O PCP promove esta sexta-feira na Assembleia da República a apreciação do decreto-lei do Governo sobre a Efacec, com o objectivo de impedir a anunciada privatização de uma empresa que conta com cerca de 2500 trabalhadores e um volume de negócios anual superior a 500 milhões de euros.
Os comunistas defendem a nacionalização definitiva da Efacec, resolvendo os problemas de tesouraria, garantindo os direitos dos trabalhadores e integrando a empresa no Sector Empresarial do Estado e num projeto de desenvolvimento nacional.
Na base destas considerações está a constatação de que a indústria transformadora continua «a ser o esteio das economias mais desenvolvidas, seja a nível europeu, seja a nível mundial» e o facto de, nas últimas décadas, Portugal ter assistido ao desaparecimento das suas indústrias transformadoras estratégicas.
Aliás, perante os impactos do surto epidémico, alguns parecem querer, finalmente, acordar para a ideia de que os países não se podem desenvolver e responder às necessidades das suas populações sem indústria.
Nesse sentido, o Grupo Parlamentar do PCP assume ser este o momento de passar das palavras aos actos e recuperar o controlo público da Efacec, colocando ao serviço da economia nacional este importante grupo industrial que, para além de reunir «meios de produção, tecnologias e competências técnicas que abarcam os domínios das soluções de Energia, Engenharia, Ambiente, Transportes, Automação e Mobilidade Elétrica», possui uma rede de filiais e agentes em vários países, nomeadamente no Reino Unido, França, Espanha, Dinamarca, República Checa, EUA, Colômbia, Brasil, Argentina, Angola e Moçambique.
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