Elevada adesão à greve dos enfermeiros nos Açores

A luta dos enfermeiros continua, desta vez com uma significativa adesão na região dos Açores: 91% de adesão no turno desta noite. Os impactos são grandes nos hospitais.

SIndicato afirma que só as contratações podem pôr fim ao problema
CréditosMário Cruz / Agência LUSA

A greve na Região Autónoma dos Açores atingiu a 3 Outubro, nos turnos da noite, manhã e tarde, uma adesão de 77%, e no turno da noite de hoje uma adesão de 91%, segundo os dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP),

Segundo a direcção regional dos Açores do SEP, é nos hospitais que a greve mais se sente, com consultas externas a não funcionar e os blocos operatórios completamente fechados no que diz respeito ao trabalho dos enfermeiros. O impacto maior é ao nível do trabalho programado, nomeadamente cirurgias e consultas.

O sindicato acusa o Governo Regional de dever 4,5 milhões de euros referentes aos retroactivos de 2011 a 2013 da reposição do tempo de serviço congelado. Denunciam ainda o não pagamento do subsídio da função de chefia aos enfermeiros dos centros de saúde, por não haver uma adaptação à região da portaria nacional que regulamenta a direcção de enfermagem, alegando que há enfermeiros a ganhar menos 200 euros por mês do que colegas com igual categoria e responsabilidades que trabalham em hospitais. Por outro lado, os enfermeiros reivindicam igualmente o regresso às 35 horas semanais de trabalho, alegando que existe uma discriminação comparativamente aos restantes trabalhadores da administração pública.

Durante a greve, anunciam-se mais enfermeiros no Hospital Garcia de Orta

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, vai contratar 36 novos enfermeiros, segundo foi informado ao SEP pela administração num dos dias de greve.

Os novos enfermeiros vão ser contratados no regime de 40 horas de trabalho semanal, facto com o qual o sindicato não concorda, alegando que não faz sentido ter trabalhadores com as mesmas funções e com horários de trabalho diferentes.

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