Há dois meses, as trabalhadoras da IPSS Comissão de Melhoramentos de Sousel, no distrito de Portalegre, foram confrontadas com a obrigatoriedade de recorrer ao controlo automático de assiduidade, ou seja, «picar o ponto», de hora a hora.
A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN), que considera esta obrigatoriedade um «abuso de poder».
Independentemente dos cuidados que estejam a prestar aos idosos, as trabalhadoras têm de interromper a tarefa a cada hora e deslocar-se ao aparelho de controlo biométrico de assiduidade, refere o sindicato, acrescentando que, numa das valências, as trabalhadoras estão proibidas de utilizar o elevador por forma a «poupar no consumo de energia», pelo que têm de subir e descer as escadas cerca de 16 vezes por dia.
Esta segunda-feira, as trabalhadores estiveram em plenário à porta das duas valências da instituição, onde aprovaram uma resolução em que decidiram não cumprir a obrigatoriedade de «picar o ponto» hora a hora, continuar a lutar pelo pagamento do subsídio de turno e exigir a actualização salarial a que têm direito.
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