Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) dá nota de que está em negociações com a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) relativamente ao contrato colectivo de trabalho (CCT), que abrange os trabalhadores do comércio retalhista do distrito de Coimbra.
Lembrando que o CCT foi actualizado em 2019, o sindicato afirma que já nessa altura era intenção da associação patronal retirar alguns direitos aos trabalhadores.
Depois de nove anos sem aumentos salariais, os trabalhadores deparam-se actualmente com mais de metade da tabela salarial absorvida pelo salário mínimo nacional. Ainda assim, a ACIFF coloca como exigência para a negociação a redução do rendimento dos trabalhadores.
O CESP não aceita que o trabalho nocturno seja considerado apenas a partir da meia-noite, e lembra que este é mais penoso, para além de dificultar ou até impedir a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar.
Minipreço propõe aumentos
A luta dos trabalhadores da empresa Dia/Minipreço intensificou-se e obrigou a administração a propor um aumento salarial para todos já em 2021, refere o CESP em comunicado.
Mas a proposta de aumentos de 30 euros, a aplicar em três fases, até final do ano, não é mais do que a antecipação em um mês da aplicação do salário mínimo, que vai ocorrer em Janeiro de 2022, refere a organização sindical.
Os trabalhadores dos armazéns da DIA/Minipreço iniciaram hoje o segundo de três dias de greve, pela valorização do trabalho, por aumentos salariais e pelo cumprimento dos direitos laborais. Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN), a adesão à greve é «significativa e expressiva da indignação e determinação destes trabalhadores». O piquete de greve no armazém de Torres Novas deu início às 5h30 desta quinta-feira, e contou com mais de 70% de adesão, sendo que em Vialonga esta foi superior a 80%. Neste armazém, o CESP denunciou à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a substituição ilegal de grevistas, nomeadamente, por trabalhadores de empresas de trabalho temporário e das lojas, nenhum deles trabalhador do referido armazém à data da emissão do pré-aviso de greve. Hoje, aos trabalhadores dos armazéns juntaram-se os das lojas e, em conjunto, promoveram uma concentração nacional frente ao armazém de Vialonga, com a vinda de funcionários de todo o País. Perante uma subida nas vendas de 7,6% em 2020, estes esperavam que a empresa avançasse com o aumento dos salários, que permitisse uma «vida digna a todos os que diariamente estão nas lojas, armazéns e escritórios a produzir lucros para esta multinacional», afirma o sindicato em nota. No entanto, a DIA Portugal mantém-se «intransigente e insiste em políticas de baixos salários», refere a organização sindical, apontando para uma generalidade de salários entre os 665 e os 700 euros, muitos deles pagos a funcionários com mais de dez anos na empresa. «Os trabalhadores não aceitam mais este cenário em que empobrecem a trabalhar, na empresa que pratica os salários mais baixos do sector, e estão disponíveis para a luta», pode ler-se na nota. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Greve no Minipreço denuncia «os mais baixos salários do sector»
Contribui para uma boa ideia
As lutas desenvolvidas no mês de Maio e Junho deram um sinal da instatisfação destes trabalhadores, com adesões expressivas à greve e muitas lojas fechadas por todo o País, pelo que o sindicato garante que vai insitir na mobilização pela concretização de aumentos salariais com valores que dignifiquem as carreiras e a antiguidade de todos.
Negociação concluída na GesLoures
Para o CESP, o acordo alcançado reforça os direitos dos trabalhadores mas poderia ter ido mais longe. Por isso, o sindicato apela à sindicalização e à unidade dos trabalhadores da GesLoures, por forma a aumentar a força negocial.
Ainda assim, foram garantidos aumentos salariais para todos os trabalhadores, num mínimo de 40 euros, o aumento no subsídio de refeição de 0,83 euros por dia, para os 7,15 euros, o que equivale ao subsídio da função pública, acrescido de 50%, e a retirada de cláusula cuja progressão dependia de habilitações especificas.
A redução do horário semanal das 38h para as 35h, a criação de novos escalões com diferenciação de 45 euros, por cada quatro anos de antiguidade foram outras das conquistas.
Comissão paritária é artimanha para impedir a progressão no Instituto S. João de Deus
À revelia dos trabalhadores, esta IPSS realizou, no passado dia 14 de Abril, em todos os seus estabelecimentos, a eleição de representantes dos trabalhadores para constituição de uma «comissão paritária».
O representante dos trabalhadores supostamente eleito trata-se de um quadro de chefia, pelo que estes questionam a legitimidade do acto eleitoral, refere o CESP em nota.
De uma reunião pedida pelo sindicato resultou que «a constituição da comissão paritária tem como único objectivo impedir a progressão de carreira dos trabalhadores», através da avaliação de desempenho, denuncia a organização.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui