Lázara Herrera, directora da Oficina Santiago Álvarez do Instituto Cubano da Arte e da Indústria Cinematográficas (Icaic), falou na sessão de abertura, em Santiago de Cuba, tendo agradecido às autoridades e ao público da província do Oriente cubano por acolherem um evento que tem ali a sua sede oficial mas que, este ano, se realiza online, devido às restrições associadas à pandemia de Covid-19.
Até ao próximo dia 8 – quando passam 102 anos sobre o nascimento de Santiago Alvárez –, o programa do evento, em que se incluem obras premiadas no concurso promovido pelo festival e peças antológicas da filmografia de Álvarez, será exibido em várias plataformas da Internet e no canal Multivisión da Televisión Cubana.
O objectivo da iniciativa é, segundo refere a TeleSur, reforçar o acesso do público à cultura, que é um bem público acarinhado e apoiado em Cuba, e também um dos sectores mais atingidos pelas consequências da pandemia de Covid-19.
Consagrado ao cinema do Vietname, ao qual o realizador que dá o nome ao festival dedicou alguns dos seus trabalhados mais significativos – incluindo a obra-prima Hanoi, martes 13 –, o encontro abriu com El drama de Nixon, uma curta-metragem de 10 minutos, feita em 1971 e que se centra na invasão norte-americana do Laos, durante a Guerra do Vietname.
Muito festival em seis dias
Ontem, foram também exibidos They Say I'm Your Teacher (2019), da autoria das norte-americanas Catherine Murphy e Lucie Massie-Phenix, e La chivichana (2000), que foi premiado pelo festival e realizado pelo cubano Waldo Ramírez, fundador da TV Serrana e actual director da Televisión Cubana.
Quem visitar os canais de YouTube do Icaic, do Cubacine, do Ministério da Cultura e da Oficina Santiago Álvarez, bem como as suas páginas de Facebook e Instagram, terá a possibilidade de aceder a uma mostra de materiais das várias edições do festival, informa a Prensa Latina.
As exibições online incluirão a transmissão do «Noticiero Icaic Latinoamericano» (declarado Memória do Mundo pela Unesco), de que Santiago Álvarez foi fundador e director, e que constitui um «laboratório de experimentação audiovisual e jornalística», segundo o portal dedicado ao mestre cubano do documentário, a quem chamaram o «Olho da Revolução» e «Cronista do Terceiro Mundo».
O primeiro dia do evento ficou igualmente marcado pela parte teórica, com o crítico Frank Padrón Nodarse a abordar os contributos de Álvarez para o cinema documental, a sua lucidez e humanismo.
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