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Mulheres árabes solidárias com Khalida Jarrar

O Centro Regional Árabe da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM) apela a uma campanha solidária pela libertação de Jarrar e demais prisioneiros palestinianos nos cárceres israelitas.

Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) e ex-deputada ao parlamento palestiniano, é libertada das prisões israelitas após 20 meses de detenção sem culpa formada. Nablus, Cisjordânia, 28 de Fevereiro de 2019.
CréditosNedal Eshtayah / Anadolu Agency

No «apelo», o Centro Regional Árabe da FDIM lembra que Khalida Jarrar, de 58 anos, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), defensora dos direitos dos presos, dos direitos das mulheres e ex-deputada do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), foi recentemente condenada a dois anos de prisão por um tribunal militar israelita.

Lembra igualmente que as «autoridades de ocupação já tinham recorrido, em repetidas ocasiões, à renovação e prorrogação da detenção administrativa de Jarrar, acusando-a de levar a cabo actividades políticas».

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Khalida Jarrar condenada a dois anos de cadeia

A destacada militante da FPLP foi condenada esta segunda-feira por um tribunal militar israelita, depois de passar 16 meses em regime de detenção administrativa, sem acusação formal.

Khalida Jarrar comparecendo no tribunal israelita
Créditos / addameer.org

Khalida Jarrar, de 58 anos, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), defensora dos direitos dos presos, dos direitos das mulheres e ex-deputada do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), foi condenada esta segunda-feira, por um tribunal militar israelita, a dois anos de prisão, com um ano de pena suspensa durante cinco anos, indica a agência WAFA.

O tribunal, que também impôs à prisioneira palestiniana o pagamento de uma multa de 1200 dólares, condenou-a, segundo refere o Middle East Eye, por «incitamento à violência» e pertença a «organização banida» (a organização marxista-leninista palestiniana FPLP).

Em 2006, Khalida Jarrar foi eleita deputada ao Conselho Legislativo Palestiniano na lista da FPLP, liderada pelo seu secretário-geral, Ahmad Sa'adat, que desde 2008 cumpre uma pena de prisão de 30 anos nas cadeias de Israel.

Jarrar foi detida a 31 de Outubro de 2019 em sua casa, na cidade de Ramallah, pelo seu papel na FPLP, e esteve desde então em regime de detenção administrativa, sem acusação formal e com base em «provas secretas» a que nem o seu advogado teve acesso.

Dentro e fora da prisão, há vários anos

A militante política palestiniana foi presa pela primeira vez em 8 de Março de 1989, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, e passou um mês na cadeia sem julgamento.

Em Abril de 2015, foi presa depois de, no ano anterior, se ter recusado a acatar uma ordem de expulsão emitida pelo Exército israelita, tendo passado cerca de 15 meses na prisão, até Junho de 2016.

Foi presa pela terceira vez em Julho de 2017, e mantida reclusa ao abrigo do regime de detenção administrativa, sucessivamente prolongado, sem julgamento ou acusação produzida, até ser libertada, em Fevereiro de 2019.

Oito meses mais tarde, a 31 de Outubro 2019, Jarrar foi encarcerada pela quarta vez pelas autoridades de ocupação israelitas.

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«Estas práticas israelitas», afirma o texto, «violam todas as cartas e resoluções internacionais», e estão «em linha com um enfoque baseado na ocupação, na usurpação das terras, na construção dos colonatos e na expansão», bem como noutras práticas que visam «impor» a vontade de Israel e «silenciar as vozes que reclamam os direitos do povo palestiniano a recuperar a sua terra e libertar a sua pátria».

Neste sentido, as associações e organizações que integram o Centro Regional Árabe da FDIM reafirmam o seu apoio permanente à luta do povo palestiniano pela libertação da pátria e pela criação de um Estado na sua terra com capital em Jerusalém.

Declaram ainda toda a sua solidariedade à «deputada do Conselho Legislativo Palestiniano e dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar»; e «condenam energicamente» o prolongamento da sua detenção arbitrária e dos demais «heróicos prisioneiros e prisioneiras palestinianos».

O Centro Regional Árabe da Federação Democrática Internacional de Mulheres faz também um apelo a «uma ampla campanha de solidariedade», de modo a «libertar Jarrar e os restantes prisioneiros palestinianos dos cárceres e centros de detenção da ocupação israelita».

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