No «apelo», o Centro Regional Árabe da FDIM lembra que Khalida Jarrar, de 58 anos, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), defensora dos direitos dos presos, dos direitos das mulheres e ex-deputada do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), foi recentemente condenada a dois anos de prisão por um tribunal militar israelita.
Lembra igualmente que as «autoridades de ocupação já tinham recorrido, em repetidas ocasiões, à renovação e prorrogação da detenção administrativa de Jarrar, acusando-a de levar a cabo actividades políticas».
A destacada militante da FPLP foi condenada esta segunda-feira por um tribunal militar israelita, depois de passar 16 meses em regime de detenção administrativa, sem acusação formal. Khalida Jarrar, de 58 anos, militante da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), defensora dos direitos dos presos, dos direitos das mulheres e ex-deputada do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), foi condenada esta segunda-feira, por um tribunal militar israelita, a dois anos de prisão, com um ano de pena suspensa durante cinco anos, indica a agência WAFA. O tribunal, que também impôs à prisioneira palestiniana o pagamento de uma multa de 1200 dólares, condenou-a, segundo refere o Middle East Eye, por «incitamento à violência» e pertença a «organização banida» (a organização marxista-leninista palestiniana FPLP). Em 2006, Khalida Jarrar foi eleita deputada ao Conselho Legislativo Palestiniano na lista da FPLP, liderada pelo seu secretário-geral, Ahmad Sa'adat, que desde 2008 cumpre uma pena de prisão de 30 anos nas cadeias de Israel. Jarrar foi detida a 31 de Outubro de 2019 em sua casa, na cidade de Ramallah, pelo seu papel na FPLP, e esteve desde então em regime de detenção administrativa, sem acusação formal e com base em «provas secretas» a que nem o seu advogado teve acesso. A militante política palestiniana foi presa pela primeira vez em 8 de Março de 1989, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, e passou um mês na cadeia sem julgamento. Em Abril de 2015, foi presa depois de, no ano anterior, se ter recusado a acatar uma ordem de expulsão emitida pelo Exército israelita, tendo passado cerca de 15 meses na prisão, até Junho de 2016. Foi presa pela terceira vez em Julho de 2017, e mantida reclusa ao abrigo do regime de detenção administrativa, sucessivamente prolongado, sem julgamento ou acusação produzida, até ser libertada, em Fevereiro de 2019. Oito meses mais tarde, a 31 de Outubro 2019, Jarrar foi encarcerada pela quarta vez pelas autoridades de ocupação israelitas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Khalida Jarrar condenada a dois anos de cadeia
Dentro e fora da prisão, há vários anos
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«Estas práticas israelitas», afirma o texto, «violam todas as cartas e resoluções internacionais», e estão «em linha com um enfoque baseado na ocupação, na usurpação das terras, na construção dos colonatos e na expansão», bem como noutras práticas que visam «impor» a vontade de Israel e «silenciar as vozes que reclamam os direitos do povo palestiniano a recuperar a sua terra e libertar a sua pátria».
Neste sentido, as associações e organizações que integram o Centro Regional Árabe da FDIM reafirmam o seu apoio permanente à luta do povo palestiniano pela libertação da pátria e pela criação de um Estado na sua terra com capital em Jerusalém.
Declaram ainda toda a sua solidariedade à «deputada do Conselho Legislativo Palestiniano e dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar»; e «condenam energicamente» o prolongamento da sua detenção arbitrária e dos demais «heróicos prisioneiros e prisioneiras palestinianos».
O Centro Regional Árabe da Federação Democrática Internacional de Mulheres faz também um apelo a «uma ampla campanha de solidariedade», de modo a «libertar Jarrar e os restantes prisioneiros palestinianos dos cárceres e centros de detenção da ocupação israelita».
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