|progressão na carreira

Enfermeiros do Algarve protestam contra bloqueio dos salários

O bloqueio dos salários permitiu ao Governo poupar mais de um milhão de euros, denuncia o SEP, que dinamiza esta segunda-feira uma acção no Algarve para dar voz à revolta destes profissionais.

Uma delegação da Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) concentrou-se em frente ao Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, a 12 de Agosto de 2020, para exigir, ao conselho de administração e ao Ministério da Saúde, a resolução dos sérios problemas que afectam aqueles profissionais no HBA e o fim das parcerias público-privado na saúde, que sorvem dinheiro público para os grupos privados enquanto estes sobreexploram os trabalhadores
CréditosJoão Relvas / LUSA

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP -IN) organiza hoje um protesto junto à Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, onde mil balões brancos estarão a «representar» os enfermeiros.

O objectivo é «dar voz» à revolta dos profissionais relativamente à desvalorização da sua profissão e à forma como esta condiciona o desenvolvimento profissional.

Em comunicado, o sindicato afirma que «esta exploração já gerou mais de um milhão de euros de poupança para os cofres do Ministério das Finanças». Em causa está o impedimento à progressão na carreira de 500 enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e o valor em divida, que atinge os 25%, relativo à progressão de centenas enfermeiros especialistas.

Para além disso, o CHUA pretende voltar atrás na progressão de 16 enfermeiros do Hospital de Lagos.

Por sua vez, a ARS Algarve ainda não pagou como trabalho extraordinário os dias de tolerância trabalhados em Novembro e Dezembro de 2020, bem como o subsídio de risco aprovado, que, ainda assim, deixa de fora a grande maioria dos enfermeiros.

O sindicato aponta ainda para uma carência de 500 enfermeiros, que já se verificava na região antes da pandemia, e que reforça a necessidade de efectivar os cem profissionais com contratos precários.

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