Num comunicado emitido esta quinta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que os ataques sucessivos perpetrados por Israel contra território nacional coincidem com os ataques terroristas à província de Alepo e o corte de água levado a cabo pela Turquia na província de Hasaka.
Trata-se da «implementação das estratégias de conspiração geopolítica contra a Síria por causa dos princípios que assume, especialmente os que dizem respeito ao combate ao terrorismo», afirma o documento, citado pela SANA.
O ministério confirmou ainda a informação previamente divulgada de que a agressão aérea israelita teve lugar à 1h13 (hora local) de quinta-feira, tendo como alvo a localidade de al-Qusayr, na região ocidental da província de Homs, pero da fronteira com o Líbano.
A maior parte dos mísseis, disparados a partir do espaço aéreo libanês, a nordeste de Beirute, foi derrubada pela defesa anti-aérea síria e os danos causados foram apenas materiais.
A diplomacia síria afirmou esta terça-feira que a agressão israelita não será capaz de proteger as organizações terroristas, nem irá dissuadir o Exército sírio de lutar contra elas e os seus apoiantes. Fontes oficiais informaram ontem que as defesas anti-aéreas do Exército Árabe Sírio repeliram o ataque israelita com mísseis, perpetrado às 23h37 (hora local) de segunda-feira, contra posições militares na localidade de al-Safira, a sudeste da cidade de Alepo. Fontes militares consultadas pela agência Prensa Latina confirmaram que o ataque visou posições militares sírias e dos seus aliados junto às instalações do Centro de Investigações Científicas e do Complexo Industrial Militar. Não foram registadas baixas mas a agressão sionista provocou um corte eléctrico geral na cidade de Alepo, em virtude dos danos causados à linha de alta tensão que alimenta esta província nortenha, acrescentaram as fontes. Em comunicado, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a agressão sionista coincidiu com os ataques que a Frente al-Nusra lançou contra certas áreas das províncias de Alepo e de Hama a partir da de Idlib, que os terroristas controlam parcialmente, com o apoio dos EUA, da Turquia e de Israel. A defesa anti-aérea do Exército da Síria fez frente, esta terça-feira à noite, a mísseis israelitas disparados a partir do espaço aéreo libanês contra várias posições no Centro e no Sul do país árabe. «Às 23h36 (hora local) de terça-feira, o inimigo israelita lançou uma agressão a partir do espaço aéreo do Líbano contra vários alvos nas regiões Centro e Sul» do país, informou o Ministério sírio da Defesa, num comunicado divulgado pela agência SANA. Acrescentou que as defesas anti-aéreas interceptaram e derrubaram a maioria dos mísseis hostis, e que apenas se registaram danos materiais. Por seu lado, fontes militares consultadas pela agência Prensa Latina referiram que os alvos atacados se localizam nos arredores da capital, Damasco, e no Sul e Leste da província de Homs. Afirmaram ainda que os ataques israelitas foram sincronizados e que as baterias anti-aéreas nas províncias de Hama e Tartous também entraram em acção para interceptar os mísseis. O governo sírio condenou estas acções e criticou o silêncio das Nações Unidas perante elas, tendo também reafirmado o seu legítimo direito a defender a integridade e soberania dos territórios sírios por todos os meios legítimos, informa ainda a agência cubana. O executivo de Damasco denunciou que estas agressões – mais de 15 este ano e mais de 50 o ano passado, segundo fontes oficiais – fazem parte do apoio directo que é dado aos grupos terroristas, em particular ao Daesh, com o objectivo de desestabilizar novamente as zonas que foram libertadas. Em Abril último, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmava em comunicado que as agressões israelitas visam prolongar a guerra contra a Síria, apoiar os grupos terroristas que provocam o caos e impedir que o Exército e os seus aliados derrotem por completo o Daesh, a Hayat Tahrir al-Sham e outras organizações terroristas. Tais ataques – sublinha o texto publicado na sequência de uma agressão sionista perpetrada na madrugada de 8 desse mês – teriam sido impossíveis sem o «apoio generoso» prestado pelas administrações norte-americanas e «o escudo da impunidade que é atribuído a Israel por certos países-membros do Conselho de Segurança». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O Ministério sírio alertou Israel para as «sérias repercussões» das suas agressões constantes «sob falsos pretextos», do seu apoio continuado a organizações terroristas e da sua ocupação de terras árabes, incluindo os Montes Golã sírios, informa a SANA. O texto instou ainda o Conselho de Segurança da ONU a «cumprir as suas obrigações», no quadro da Carta das Nações Unidas, para manter a paz e a segurança mundial, denunciar as agressões flagrantes de Israel e tomar medidas que as impeçam e responsabilizem Israel pelos suas «acções terroristas». As forças militares de Telavive lançaram centenas de ataques contra território sírio nos últimos anos – só em 2020, Damasco registou perto de uma centena –, que são entendidos como uma forma de reforçar os grupos terroristas, que têm sofrido pesadas derrotas no terreno contra o Exército sírio e os seus aliados, e de procurar desestabilizar áreas já libertadas. O governo sírio condenou estas acções, bem como o silêncio das Nações Unidas perante elas, e reafirmou o seu legítimo direito a defender a integridade e a soberania do território sírio. O ataque de segunda-feira à noite foi o primeiro desde que o novo governo israelita, liderado por Naftali Bennett (ex-Lar Judaico, de extrema-direita), entrou em funções, no mês passado. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Síria alerta Israel para «sérias repercussões» após ataque na província de Alepo
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Exército sírio repele novos ataques aéreos israelitas
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Trata-se do segundo ataque israelita com mísseis contra território sírio em pouco mais de 48 horas, depois de, na segunda-feira, pelas 23h37 (hora local), a defesa anti-aérea síria ter interceptado sete de oito mísseis israelitas lançados contra a província de Alepo.
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria, «Israel persiste no terrorismo na região porque está confiante de que não irá prestar contas pelos seus inúmeros crimes, graças à protecção das sucessivas administrações norte-americanas e de alguns países ocidentais».
No comunicado ontem emitido, as autoridades sírias criticam o silêncio de alguns membros da comunidade internacional perante «os crimes israelitas, que estão a aumentar», o que os transforma em «parceiros de Israel e de organizações terroristas como a Frente al-Nusra e o Daesh».
Neste sentido, o governo sírio instou as Nações Unidas a assumir as suas responsabilidades, sublinhando que os ataques israelitas contra a Síria são «violações flagrantes da Carta das Nações Unidas», bem como das resoluções n.º 242, 338, 350 e 497, aprovadas pelo seu Conselho de Segurança.
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