Alejandro Gil, vice-primeiro-ministro de Cuba, explicou aos deputados da Assembleia Nacional as linhas fundamentais de trabalho neste e noutros âmbitos, com o propósito de alcançar um maior crescimento do produto interno bruto (PIB) no final do próximo ano.
Na presença do chefe de Estado, Miguel Díaz-Canel, e do presidente do órgão legislativo, Esteban Lazo, o também titular da pasta de Economia e Planeamento definiu como outra prioridade a estabilização do sistema electro-energético, em que são patentes a deterioração das centrais térmicas e a dependência de combustíveis fósseis, indica a Prensa Latina.
Do mesmo modo, referiu-se à transformação do sistema empresarial estatal, principal forma do modelo económico do país caribenho, para o qual foram tomadas medidas que ainda não estão a dar os frutos esperados – de que são exemplo mais de 500 entidades com perdas.
Paralelamente, disse o vice-primeiro-ministro, o país continuará a cuidar das pessoas, dos lares e das comunidades em situação de vulnerabilidade, mas sem um enfoque assistencialista, antes para as ajudar a sair dessa situação.
Alejandro Gil referiu-se também à importância da substituição de importações, num contexto de subida de preços a nível internacional, bem como à produção de alimentos, para garantir na medida do possível a demanda nacional.
Para 2022, o governo cubano prevê um crescimento das exportações de bens e serviços. Também encara com expectativa os resultados do sector do Turismo, importante fonte de rendimentos para o país, que prevê receber 2,5 milhões de visitantes.
De acordo com o vice-primeiro-ministro, a inflação, a eficiência no processo de investimento, a poupança e a captação de investimento externo constituem desafios para o desempenho económico do país.
Reforçar os órgãos locais de governação
Ao longo deste domingo, as comissões de trabalho da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba reuniram-se para analisar questões de interesse económico e social, na fase que antecede o VIII Período Ordinário de Sessões da IX Legislatura.
Na comissão que versa sobre os Órgãos Locais do Poder Popular, os deputados consideram «indispensável» reforçá-los como base do sistema social do país, no âmbito da análise do programa de aperfeiçoamento dessas entidades e da exigência de melhores mecanismos de participação.
Ao intervir, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, reafirmou a importância de fortalecer a participação popular na concepção e no controlo das acções do país para dinamizar o seu desenvolvimento económico e social, informa a Prensa Latina.
«As experiências de enfrentamento à complexa situação derivada da pandemia de Covid-19 e ao recrudescimento oportunista do bloqueio imposto pelos Estados Unidos confirmam essa necessidade», disse Díaz-Canel no Parlamento.
Um exemplo da aplicação eficaz desse conceito é o programa de transformação dos bairros e das comunidades vulneráveis da capital, que define as prioridades e a distribuição de recursos em função dos critérios estabelecidos pelos seus habitantes, disse.
Neste sentido, frisou, «é crucial dar todo o poder às assembleias municipais do Poder Popular, base da democracia socialista cubana».
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