|precariedade

Em 2021, mais de 50 trabalhadores da Fima-Olá passaram a efectivos

Celebrando a vitória alcançada por estes trabalhadores, o SITE CRSA não se esquece do mais fundamental: «é necessário dar continuidade à campanha contra a precariedade».

Fábrica de gelados da Fima-Olá
Créditos

«Este resultado é a prova de que os trabalhadores organizados são mais fortes e estão mais protegidos para lutar pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho», afirma, em comunicado a que o AbrilAbril teve acesso, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CRSA/CGTP-IN).

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Trabalhadores da Fima-Olá recuperam direitos laborais

A luta dos trabalhadores da Fima-Olá, em Santa Iria de Azóia (Loures), devolveu-lhes o direito à reunião no local de trabalho. No passado dia 9 aprovaram o caderno reivindicativo para o próximo ano.

Créditos / CGTP-IN

Segundo informação avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN), foi graças à luta dos trabalhadores, em que se inclui a greve realizada em Janeiro, e à persistência da estrutura sindical na empresa e da direcção do SITE CSRA que a Fima-Olá devolveu aos trabalhadores o direito a reunirem-se nas instalações da empresa, conforme estabelecido no Código do Trabalho. 

«Durante cerca de dois anos e meio, a administração fez sucessivas tentativas para dificultar o contacto dos dirigentes do sindicato com os trabalhadores e a acção sindical na empresa, impedindo a realização de plenários no interior das instalações», lê-se numa nota do sindicato. 

Entretanto, informa que no passado dia 9 os trabalhadores já realizaram plenários nos três turnos, nos quais discutiram e aprovaram o caderno reivindicativo para 2020. 

O aumento salarial de 90 euros para todos os trabalhadores é a reivindicação que encima o conjunto de exigências estabelecidas, a que se juntam, entre outras, a eliminação das discriminações salariais entre trabalhadores da mesma categoria e a passagem aos quadros da empresa de todos os funcionários com contratos a termo ou através de empresas de trabalho temporário. 

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O sucesso das lutas destes trabalhadores é evidente: só «em 2021, mais de 50 trabalhadores da Fima-Olá passaram a ter vínculo efectivo», demonstrando a «importância de estar sindicalizado e participar na luta colectiva pelos direitos».

«A luta contra a precariedade que tem sido desenvolvida dentro da empresa», sempre com organização e responsabilidade, através da apresentação de propostas concretas, «foi coroada de êxito pois contou sempre com a participação e o apoio dos trabalhadores e das suas organizações representativas».

A Fima-Olá é detida pela multinacional britânica Unilever (em parceria com a Jerónimo Martins), que detém mais de 400 marcas por todo o mundo. Em 2020, a empresa teve um volume de negócios de mais de 51 mil milhões de dólares, estando presente em mais de 190 países, o que não impediu a administração de tentar boicotar a luta dos seus trabalhadores por melhores condições laborais.

É indispensável garantir, reafirma o sindicato, «que a um posto de trabalho permanente corresponda sempre um contrato com vínculo efectivo».

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