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Guardas-florestais preparam greve e manifestação nacional

O «descontentamento dos guardas-florestais é evidente»: trabalhadores estão desde 24 de Agosto à espera da proposta negocial do Ministério da Administração Interna (MAI).

Guardas-florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente - GNR no terreno
Créditos / GNR

Após várias reuniões infrutíferas, e face à ausência de «uma proposta de tabela remuneratória específica e de suplementos remuneratórios para negociação» por parte do Governo/MAI (que se fez representar pela Secretária de Estado da Administração Interna (SEIA)), fica evidente que a única solução para estes trabalhadores é «partir para a luta».

A proposta negocial tinha de ter sido entregue até 29 de Novembro, algo «que não aconteceu, escudando-se a SEAI», no facto de a GNR, «que deveria ter entregue contributos para o mesmo» não o ter feito, afirma o comunicado da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), enviado ao AbrilAbril.

Adesão à greve entre os 70 e os 80%

Guardas-florestais protestam nas ruas de Lisboa

Os guardas-florestais voltaram à rua. Com greve de 24 horas, realizaram uma manifestação e concentraram-se em frente ao Ministério da Administração Interna onde exigiram o fim da extinção da carreira.

Guardas-Florestais manifestaram-se hoje em Lisboa e exigem que o Governo dê resposta
CréditosFNSTFPS

Os guardas-florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR manifestaram-se hoje em Lisboa, contra a extinção da carreira, pela atribuição de suplementos remuneratórios de acordo com as funções específicas exercidas, e a aplicação do seu Estatuto que entrou em vigor em Novembro passado.

Depois do Ministério da Administração Interna, através do Secretário de Estado da tutela, ter recusado qualquer negociação sobre as propostas da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), seja para a revisão do diploma legal que prevê a extinção da carreira à medida que os lugares vagarem, seja para a atribuição de suplementos remuneratórios. Perante esta resposta, os guardas-florestais concretizaram hoje uma greve de 24 horas, na qual a adesão esteve entre os 70 e os 80% dos efectivos no activo, e uma manifestação com a participação de cerca de centena e meia dos 312 elementos que contém carreira.

Desfilando do Largo do Carmo, onde se situa o Quartel General da GNR, para o Terreiro do Paço, junto ao Ministério da Administração Interna, concentraram-se aqui para aprovar uma resolução em que decidiram dar seguimento às acções de protesto, com uma nova manifestação, desta vez na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, em data a anunciar brevemente.

Na moção aprovada nesta acção, os guardas-florestais reivindicaram, como já haviam antes divulgado: a exigência da reversão do processo de extinção da carreira de guarda-florestal; a exigência do recrutamento de novos efectivos para a carreira de guarda-florestal; o reforço da exigência de negociação da proposta apresentada pela FNSTFPS, sobre a atribuição de suplementos; a exigência do pagamento dos retroactivos em dívida e a regulamentação em falta das matérias do Estatuto que a exige.

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Adesão à greve entre os 70 e os 80%
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As estruturas representativas dos trabalhadores esforçaram-se, «até ao limite do razoável, por encontrar soluções para a negociação das justas reivindicações dos guardas-florestais». Tal só «não foi possível, por exclusiva responsabilidade do Governo/MAI».

A greve e manifestação nacional de guardas-florestais do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR terá lugar no próximo dia 12 de Janeiro, a partir das 11h, em Lisboa. «A concentração terá início no Largo do Carmo, junto ao Comando-Geral da GNR e os trabalhadores seguirão em manifestação até ao Terreiro do Paço, em frente ao MAI».

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