O SMZS afirma num comunicado que os médicos do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) foram surpreendidos com um novo regulamento interno, «imposto» pelo conselho de administração, após aprovação do Ministério da Saúde.
Em reacção, admite que é urgente mudar a lei de gestão hospitalar, já que, segundo o sindicato, «tem possibilitado este tipo de imposições autoritárias, ao serviço de interesses político-partidários, sem respeito pelo trabalho dos médicos e profissionais de saúde».
Por agora, apoia todas as acções desenvolvidas pelos médicos do CHS e prevê organizar reuniões sindicais com todos os médicos, admitindo encetar «formas superiores de luta», como a greve, para exigir o respeito pelo debate democrático.
No seu caderno reivindicativo, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que o SMZS integra, defende a democratização da eleição dos órgãos de direcção técnica, com a apresentação de contratos-programa, «para inviabilizar a nomeação política e a subserviência perante o Governo».
Entretanto, o SMZS admite que a imposição de um regulamento interno, «desfasado da realidade», não é a primeira situação difícil da responsabilidade deste conselho de administração. Explica que tem acompanhado os médicos do CHS na luta contra «a degradação da instituição e as suas condições de exercício clínico, fruto do subfinanciamento crónico e da insuficiente dotação em termos de recursos humanos, técnicos e logísticos».
O sindicato defende que é urgente a abertura atempada de concursos para todas as áreas profissionais, bem como a requalificação do CHS para o nível seguinte, «do grupo C para o grupo D», permitindo a melhoria da sua capacidade instalada no número de camas de internamento, no espaço do serviço de urgência e consulta externa, e na instalação dos meios complementares de diagnóstico.
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