Trata-se, segundo Von der Leyen, do primeiro passo para uma entrada, porventura mais rápida do que o normal, da Ucrânia na UE, um país com a democracia amputada. Aliás, olhando para as posições de Bruxelas contra países como, por exemplo, a Hungria, a pretexto dos retrocessos democráticos que aí se verificam, é incompreensível a urgência no processo de adesão da Ucrânia.
Recorde-se que, a pretexto da guerra, Zelensky proibiu a actividade de 11 partidos políticos, incluindo o maior partido da oposição e que o Partido Comunista da Ucrânia permanece ilegalizado desde 2015, enquanto continuam intocáveis os partidos da extrema-direita e neonazis.
Volodymyr Zelensky personifica um poder corrupto, xenófobo e belicista, que assume a impunidade dos neonazis autores do massacre de 2 de Maio de 2014 na Casa dos Sindicatos, em Odessa, onde foram carbonizados dezenas de activistas pró-russos.
É a este país, com uma Lei de Descomunização, com penas até cinco anos de prisão, aprovada em 2015, cujo Presidente condecorou em Dezembro de 2021 Dmytro Kotsyubaylo, um dos líderes do batalhão neonazi Azov, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretende abrir as portas da União Europeia.
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