O Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) denuncia ainda as empresas porque, por um lado, não valorizam o trabalho prestado em dia feriado e ao fim-de-semana. Por outro, por praticarem não só horários de trabalho muito longos e instáveis, mas também ritmos de trabalho muito intensos que põem em causa a qualidade de serviço e a saúde dos trabalhadores.
No seu comunicado, o Sindicato da Hotelaria do Norte sublinha que, «apesar do grande crescimento de turistas, de dormidas e de receitas, as associações patronais e as empresas recusam negociar a contratação colectiva», nomeadamente salários, carreiras e condições de trabalho. Mais, «as empresas queixam-se da falta de mão-de-obra, mas não absorvem os formandos das escolas hoteleiras» e reclamam a vinda de imigrantes, mas não lhes «garantem formação profissional em técnicas hoteleiras e línguas portuguesa e inglesa, nem contratos como efectivos».
Estas são as razões apontadas pelo sindicato para os trabalhadores estarem em luta pela melhoria de salários, horários, carreiras e condições de trabalho.
Entretanto, também o Sindicato da Hotelaria do Algarve anuncia a intensificação das acções de protesto «para exigir aos patrões e ao Governo uma vida digna». Nesse sentido, propõem-se «lutar nas empresas e na rua» por um aumento salarial mínimo de 90 euros e do Salário Mínimo Nacional para os 850 euros. Mas também pelo «pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais», horários estáveis e o respeito do direito ao exercício da actividade sindical na empresa.
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