A Unión Nacional de Empleados de la Caja y la Seguridad Social (Undeca) repudiou, esta segunda-feira, «as desculpas, acções e omissões que promovem a privatização dos serviços de saúde» no país centro-americano.
Num comunicado de imprensa publicado nas redes sociais, a estrutura sindical exige às autoridades institucionais que tornem as listas de espera transparentes, prestem contas pela gestão e apresentem soluções concretas e imediatas que respondam às necessidades da população.
O sindicato costa-riquenho alerta que a privatização da Saúde noutros países teve consequências desastrosas e desumanas, aprofundadas durante a pandemia de Covid-19.
Sublinha, além disso, que o direito aos cuidados de saúde constitui um direito fundamental, cuja prestação, por mandato constitucional, é da competência da Caja Costarricense de Seguro Social (CCSS), acrescentando que os cidadãos merecem serviços de saúde oportunos e com qualidade.
«Lamentavelmente, a problemática das filas e listas de espera é multifatorial, mas prende-se sobretudo, em primeiro lugar, com dívidas exorbitantes que os vários governos acumularam ao longo dos anos», refere a nota.
Perante isto e o «problema de gestão de recursos», a «solução mágica» encontrada pelo presidente executivo da CCSS como paliativo para os utentes insatisfeitos é «privatizar serviços, para favorecer os interesses dos grandes grupos privados da Saúde», denuncia.
A CCSS – afirma o sindicato costa-riquenho – dispõe de infra-estruturas (hospitais e salas de operações modernas), insumos e recursos humanos especializados da mais alta qualidade para os cuidados de saúde costa-riquenhos.
«Mas, enquanto os pacientes esperam impacientes, as infra-estruturas são subutilizadas em diversos centros de saúde, porque se obstaculiza a colocação do pessoal necessário à prestação oportuna do serviço», assinala.
Na análise da situação da Saúde, o Undeca afirma ainda que «o tempo extraordinário foi satanizado pelo sector político-empresarial neoliberal e os seus meios de imprensa ao ponto de o classificarem quase como um crime, lançando campanhas de ódio e de desprestígio contra o abnegado pessoal da instituição» encarregue da Saúde pública no país centro-americano.
Neste sentido, o sindicato exige o governo que pague à CCSS, de modo a poder construir novos hospitais e Áreas de Saúde, fornecer equipamentos e insumos, e resolver a enorme falta de recursos humanos que permita prestar os cuidados de saúde primários, especializados, diagnósticos e terapêuticos que a população exige.
«O interesse público deve prevalecer sobre os interesses que mercantilizam o direito à saúde», sublinha.
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