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Gustavo Petro anuncia medidas para combater a pobreza na Colômbia

O recém-eleito presidente colombiano anunciou que tem um plano para taxar a riqueza e assim combater a pobreza num dos países mais desiguais da América Latina.

CréditosMaurício Duenas Castaneda / EPA

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que a medida prevista poderá arrecadar cerca de 11,5 mil milhões de dólares e que tal dinheiro irá servir para combater a pobreza, sendo destinado a um ensino superior público e gratuito e a outros programas de assistência social. 

A proposta do presidente colombiano passa por aumentar os impostos aos 2% mais ricos no país, cortar com os benefícios fiscais e combater a evasão fiscal. A par destas medidas, Petro pretende implementar uma progressividade nos impostos à medida que a concentração de riqueza aumenta, acrescentando ainda um imposto sobre a riqueza que ultrapasse os 630 mil dólares, bem como um imposto sobre alguma das maiores exportações como o petróleo ou o carvão. 

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Política externa da Colômbia no caminho da paz e da cooperação

Em menos de uma semana de trabalho, o governo do presidente Gustavo Petro mostra notáveis avanços na política exterior, na região de América Latina e Caribe e no mundo.

O entusiasmo continua a marcar presença na campanha de Gustavo Petro, candidato de esquerda às próximas eleições presidenciais na Colômbia, apesar das ameaças de atentados dos narcotraficantes e da política repressiva das autoridades. Soacha, 15 de Maio de 2022 
O presidente Gustavo Petro começa a cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral em matéria de política externa CréditosMauricio Dueñas Castañeda / EPA

O presidente colombiano Gustavo Petro designou o senador Armando Benedetti como embaixador em Caracas. A decisão, segundo a Prensa Latina, foi tomada poucos minutos depois de o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, anunciar que Félix Plasencia, diplomático e político que ocupou o cargo de ministro das Relações Externas da Venezuela entre 2021 e 2022, seria o novo embaixador em Bogotá.

As duas capitais reatam vínculos diplomáticos e comerciais após um longo período de governos de direita na Colômbia, o último dos quais do conservador Iván Duque, que transformaram o país no mais importante aliado de Washington na América Latina e numa plataforma para a ingerência nos países da região, com particular intensidade e gravidade na vizinha Venezuela, onde chegaram a participar activamente em tentativas de golpe de Estado.

A senadora Gloria Flórez (Pacto Histórico) declarou à referida agência noticiosa que o novo dinamismo na política externa colombiana corresponde a uma «decisão do governo nacional de aprofundar as relações com as nações irmãs da América Latina e do Caribe» e de «fortalecer os vínculos com países que foram também afectados por uma política externa contrária à constituição, a qual ordena dar prioridade à integração latino-americana».

Relativamente ao reatamento das relações político-diplomáticas entre a Colômbia e a Venezuela, interrompidas formalmente por Caracas em Fevereiro de 2019, devido ao apoio da administração Duque a agressões à República Bolivariana, Flórez sublinhou a importância da fronteira entre os dois países – «são 2219 quilómetros», lembrou – e a necessidade de um trabalho conjunto para «enfrentar a enorme insegurança» que se vive nas zonas fronteiriças, devido ao «fortalecimento de grupos ilegais nos últimos anos».

Reactivar a economia dessas zonas, impulsionando o seu desenvolvimento, passará por um «compromisso para o diálogo» que empenhará não só os poderes legislativos de ambos os países como as populações transfronteiriças, explicou a senadora, que garantiu que «a fronteira será um cenário de paz e não de guerra».

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Face a estas propostas para combater a pobreza e reforçar o Estado Social, o sector privado detentor da concentração de riqueza, personificado pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, demonstrou já a sua preocupação, alegando que tais medidas irão afastar o investimento e os criadores de emprego, e que o país irá ficar mais pobre. Uribe, contrariado, dizendo que concorda com os propósitos de Petro, acaba também por admitir «mas não ao custo de definhar o sector privado», possivelmente esquecendo-se de que medidas semelhantes já tinham sido implementadas mas para financiar a guerra contra as FARC-EP.

Em resposta, Gustavo Petro sustenta a sua proposta afirmando que ela «não deve ser vista como uma punição ou sacrifício», sendo «simplesmente um pagamento solidário que alguém afortunado faz a uma sociedade que lhe permitiu gerar riqueza».

A medida terá de passar agora pelo Congresso, onde provavelmente será aprovada. Nas ruas do país sul-americano, o acolhimento dos trabalhadores tem sido favorável. 

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