«Confiamos uns nos outros, ajudamo-nos mutuamente e protegemo-nos mutuamente. Esta é a aliança. De facto. Hoje, a Ucrânia está a candidatar-se para o fazer de jure», afirmou hoje Volodymyr Zelensky, num vídeo divulgado nas suas redes sociais poucas horas do discurso de Vladimir Putin, sobre a integração de quatro províncias ucranianas na Federação Russa.
Como o próprio presidente ucraniano assume, o objectivo é apenas oficializar uma relação que está em vigor desde o golpe de 2014.
Relembrando a velocidade com os pedidos formais de adesão da Suécia e Finlândia foram aceites, Zelensky exigiu a mesma celeridade: «sob um procedimento consistente com o nosso significado para a protecção de toda a nossa comunidade. Ao abrigo de um procedimento acelerado».
Embora Zelensky garanta o cumprimento, por parte da Ucrânia, de todos os requisitos para entrar na NATO, não está claro que a aliança aceite, enquanto a guerra se arrasta, a adesão formal.
Em declarações à comunicação social, Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, não se mostrou tão entusiasmado, recordando que a adesão exige o acordo de todos os 30 membros.
O processo da Suécia e da Finlândia só avançou quando ambos os governos (de centro-esquerda) assumiram o compromisso de entregar cidadãos em situação de exílio político à Turquia, quebrando o compromisso de protecção que tinham assumido com estas pessoas.
Desvalorizando a urgência assumida por Zelensky, Stoltenberg preferiu focar-se na situação vigente: o momento, como nos últimos oito anos, é de continuar «prestar apoio imediato à Ucrânia». E esse apoio não vai faltar, garantiu a NATO, através da entrega de mais armamento, financiamento e da formação de forças militares na Ucrânia, dentro e fora das Forças Armadas do país.
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