Desde o governo do PSD e do CDS-PP, que, por imposição deste, o Conselho de Administração (CA) da NAV ficou reduzido a três os membros. Não bastasse, na última década, apenas um presidente cumpriu um mandato completo, tendo a empresa passado 33 meses com o lugar vazio.
Entre os exemplos dos que saíram antes de cumprir o mandato está Alexandra Reis, que levou à saída do ministro Pedro Nuno Santos. A ex-secretária de Estado do Tesouro esteve apenas de Julho a Novembro de 2022 à frente da NAV. Desde então, o Governo ainda não nomeou ninguém para o lugar, com os prejuízos que se adivinham para a gestão da empresa pública, situação que levou a bancada parlamentar do PCP a questionar o Governo, através do ministro das Infraestruturas.
Os comunistas querem saber quando vai o Executivo completar o CA da NAV, uma vez que, referem na missiva, os «constrangimentos» à gestão, por funcionar com apenas um ou dois elementos no seu órgão de administração colegial, «são evidentes».
O PCP frisa que «só» a dedicação e capacidade dos trabalhadores da NAV «tem impedido consequências mais graves» para a empresa e para o sector aéreo. E atenta no facto de «esta forma de destratar» uma empresa estratégica ocorrer numa altura que a União Europeia (UE) pretende «liquidar» esta componente da soberania nacional.
Em causa está a imposição do Céu Único Europeu, um projecto que a Comissão guarda na gaveta desde 1999 e que, denunciam os comunistas, «estará concentrado nas mãos de uma ou duas multinacionais»
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