Milhares de pessoas juntaram-se ontem de manhã no Lincoln Memorial, na capital federal dos Estados Unidos e, por volta das 12h30 (hora local), seguiram em direcção à Casa Branca.
A mobilização foi convocada por um grupo variado de organizações – libertários, verdes, progressistas, pacifistas, entre outros –, sob o lema «Rage against the War Machine» (ira contra a máquina de guerra).
Um dos objectivos previamente anunciados era chegar à sede da administração norte-americana, para deixar as exigências dos manifestantes no gabinete do presidente Joe Biden, a quem se referiram como «belicista-em-chefe» (warmonger-in-chief).
No decorrer da marcha, os manifestantes, entre os quais se encontravam figuras mediáticas, como comediantes, políticos e jornalistas, exigiram ao governo dos EUA que acabe com o financiamento militar à Ucrânia e que essas verbas sejam destinadas aos problemas sociais do país, refere a TeleSur.
Ao intervir, o comediante Jimmy Dore sublinhou que «os dois partidos dos EUA», em alusão a Republicanos e Democratas, «apoiaram o envio de mais de 100 mil milhões para Ucrânia, em vez de os gastar a salvar vidas num sistema de Saúde universal. Preferem gastá-los a tirar vidas fora deste país, a sua especialidade».
Lembrando que os EUA são responsáveis pela instabilidade política na Ucrânia, ao «apoiar» o golpe de Estado de 2014 e ao sabotar os acordos de Minsk, os manifestantes em Washington exigiram que a Casa Branca deixe de enviar mais fundos para a guerra, que promova negociações de paz e ajude a evitar uma escalada que conduza a uma guerra nuclear de consequências inimagináveis.
Reivindicaram também a dissolução da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), a redução do orçamento destinado ao Pentágono e o fim da Agência Central de Inteligência (CIA).
Travar a inflação no país, a liberdade de Julian Assange e o fim do imperialismo norte-americano foram outras preocupações expressas pelos manifestantes em Washington, que exibiam cartazes com esta variedade de temas, também em solidariedade com a Palestina, a declarar que a China e a Rússia «não são inimigos» ou a criticar o papel assumido pelos EUA em países como o Iraque, o Afeganistão, a Líbia, a Síria ou o Iémen.
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