Era dia de greve, mas não foi essa a razão para que o comboio da CP, procedente da Estação do Oriente, em Lisboa, com destino a Sintra, estivesse parado mais de uma hora, esta quarta-feira, perto da Estação de Benfica. Uma passageira sentiu-se mal e foi mesmo assistida no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido à sobrelotação do comboio e à falta de circulação de ar. Mas esta não foi uma situação excepcional, assegurou o porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Sintra.
«Não é de agora. Já têm acontecido, em períodos fora da greve, alguns incidentes com as pessoas a sentirem-se mal porque o comboio vai sobrelotado», reconheceu Miguel Rato aos microfones da rádio Observador. O responsável admite que «é normal» acontecerem situações como a de ontem e que o impacto da falta de condições se agudiza em dias de greve dos trabalhadores, que lutam pela reposição do poder de compra, mas há muito que os utentes reclamam o reforço dos comboios em hora de ponta.
Já em Fevereiro de 2020 a Comissão de Utentes da Linha de Sintra alertava que os passageiros viajavam «em condições de grande desconforto e insalubridade», bem como para a existência de estações degradadas, reclamando o aumento da oferta e, consequentemente, o fim das supressões e atrasos.
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