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Fico Cables: a luta continua, até à vitória final

Após as lutas de 9 e 10 de Fevereiro, e a mais recente greve (com grande adesão) de 24 de Março, os trabalhadores da Fico Cables, na Maia, iniciam amanhã novo período de greve parcial, com concentração das 12h às 16h.

Concentração das trabalhadoras da Fico Cables, na Maia, em dia de greve. 24 de Março de 2023 
Créditos / CGTP

«Os trabalhadores exigem que, no mês de Abril, todos os trabalhadores tenham um aumento salarial que reponha a perda do poder de compra, e não esteja condicionado à avaliação de desempenho», que a empresa continua aplicar mesmo sabendo que é «discriminatória e injusta», refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).

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Trabalhadores da Fico Cables intensificam contestação com novas greves

Os trabalhadores da Fico Cables, na Maia, decidiram em plenário intensificar os protestos com greve parcial de quatro dias e ao trabalho suplementar no mês de Dezembro, face à intransigência patronal.

Concentração reuniu dezenas de trabalhadores à porta da empresa
Duas últimas greves a 16 e 23 de Novembro paralisaram a produção da fábricaCréditos / SITE NORTE

A decisão foi tomada pelos trabalhadores em plenário, perante a posição de inflexibilidade manifestada pela administração na última reunião, relata o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site Norte/CGTP-IN).

Os trabalhadores decidiram intensificar a contestação com quatro novos dias de greve parcial a 3, 7, 10 e 14 de Dezembro, seguindo o mesmo modelo dos protestos anteriores –  duas horas por turno, das 12h às 16h e das 22h à meia-noite. Foi também declarada greve ao trabalho suplementar para todo o mês.

A par de exigirem aumentos salariais e o fim da precariedade, os trabalhadores da Fico Cables contestam os acertos salariais discriminatórios, atribuídos através de «uma avaliação profundamente injusta e desconhecida por parte dos trabalhadores», bem como a discriminação no pagamento do subsídio de refeição, havendo dentro da própria empresa mais de um valor.

«A adesão demostrada pelos trabalhadores efectivos e temporários na greve dos dias 16 e 23 de Novembro, paralisando praticamente a empresa, vem dar força a esta luta que tem como objectivo a defesa do caderno reivindicativo, contra a discriminação salarial e por aumentos salariais justos», lê-se na nota de imprensa.

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E se a empresa se continua a recusar a sentar à mesa, os trabalhadores da Fico Cables, empresa integrada no grupo multinacional Ficosa, têm boa solução: intensificam a luta.

Amanhã, dia 31 de Março, os trabalhadores nesta unidade fabril da Maia, no Porto, que produz componentes e acessórios para veículos automóveis, vão realizar 2h de greve por turno, realizando ainda uma concentração entre as 12h e as 16h, à porta da fábrica.

É que ali ninguém desarma. A acção reivindicativa só se vai intensificar a partir deste momento, tendo já sido emitido «um pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário até ao final do mês de Abril».

Os trabalhadores da Fico Cables exigem «aumentos salariais dignos e justos», sem que ninguém receba aumentos inferiores a 100 euros, a actualização do subsídio de refeição, o fim da avaliação por desempenho e a atribuição de um dia de folga no aniversário, algo com que a empresa já se tinha comprometido e nunca cumpriu.

Fica uma garantia. Se a administração da empresa não aceitar «uma verdadeira negociação do Caderno Reivindicativo», marcando uma reunião com o SITE Norte e a Comissão Sindical «no mais curto espaço de tempo», será marcada uma reunião plenária dos trabalhadores, «para analisar
e aprovar outras formas de luta».

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