Após a conclusão da cimeira que teve lugar, esta segunda-feira, na capital da Jordânia, os ministros dos cinco países árabes declararam a importância da cooperação entre as autoridades sírias, os demais países envolvidos e as Nações Unidas com vista à formulação de uma estratégia integral capaz de lidar com os desafios da segurança nas fronteiras e de combate ao terrorismo em todas as suas formas.
Os cinco ministros dos Negócios Estrangeiros decidiram ainda trabalhar no sentido de pôr fim à presença de organizações terroristas e grupos armados em território sírio, neutralizando a sua capacidade de ameaça à segurança regional e internacional.
Do mesmo modo, expressaram o seu apoio à Síria e às suas instituições para que assumam o controlo de todo o país e imponham o Estado de direito, lê-se na declaração, divulgada pela agência Sana.
O texto destaca também a necessidade de se pôr fim à ingerência nos assuntos internos da Síria, de acordo com os princípios do direito internacional e a Carta das Nações Unidas.
O regresso voluntário e seguro dos refugiados ao país foi classificado como «prioridade máxima» e, nesse sentido, a declaração final de Amã instou à tomada de medidas que permitam materializar esta realidade.
Os ministros da Agricultura dos quatro países árabes vizinhos assinaram em Damasco, esta segunda-feira, um documento para a cooperação e troca comercial, visando alcançar a «integração agrícola». O texto estipula a promoção e o desenvolvimento da colaboração agropecuária, bem como a troca de conhecimentos, informação e experiências, além da gestão conjunta de áreas protegidas e parques nos quatro países, indica a agência Sana. Inclui ainda a cooperação em matéria de luta contra os incêndios, as alterações climáticas, o desenvolvimento rural e agrícola, a produção, a saúde animal e medicamentos veterinários. O ministro sírio da Agricultura, Mohammed Hassan Qatana, revelou que, em virtude do convénio firmado, serão apresentados projectos de investimento conjunto, como a construção de instalações para gado e forragem, tendo esclarecido que o objectivo final de todos estes esforços é assegurar a segurança alimentar. Na mesma conferência de imprensa, em Damasco, o titular iraquiano da pasta da Agricultura, Abbas al-Alawi, disse que este acordo é um ponto de partida para o trabalho conjunto e a cooperação no sector agrícola, no qual trabalha e do qual depende a maioria dos povos árabes. Por seu lado, o ministro jordano do sector, Khaled Hanifat, declarou que o memorando reflecte «os sinceros sentimentos fraternais entre os quatros países e ajuda a alcançar a integração para benefício dos povos». No mesmo sentido, o ministro libanês da Agricultura, Abbas Hajj Hassan, disse que o acordo «é um passo essencial para uma acção árabe pioneira conjunta, que começa a partir de Damasco», esperando que «inclua todos os países árabes num futuro próximo». O acordo ontem assinado pelos ministros da Agricultura dos quatro países vizinhos culminou a reunião por eles promovida na capital síria sob o lema «Por uma integração agroeconómica regional». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Síria, Líbano, Jordânia e Iraque assinam acordo de cooperação na área agrícola
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Em simultâneo, apela ao reforço da cooperação entre instituições militares e de segurança sírias e as suas homólogas dos países vizinhos, de modo a garantir a segurança nas fronteiras e a combater o tráfico e o contrabando de drogas.
Os países participantes na Cimeira de Amã decidiram ainda formar uma equipa técnica de especialistas para dar continuidade aos resultados no encontro desta segunda-feira, bem como para determinar os próximos passos a dar num contexto que pretende trazer uma solução para «a crise na Síria».
Mudança de posição da Arábia Saudita
De acordo com um porta-voz do Ministério jordano dos Negócios Estrangeiros, a reunião de ontem ocorreu na sequência de encontros que tiveram lugar em Abril, na Arábia Saudita, entre países do Golfo, o Iraque, o Egipto e a Jordânia, tendo como propósito aprofundar os laços com o governo de Bashar al-Assad e discutir uma «iniciativa da Jordânia para alcançar uma solução política para a crise síria», refere o portal The Cradle.
Recorde-se que, durante a guerra terrorista imposta à Síria, a Arábia Saudita foi, como outros países do Golfo, um dos grandes apoiantes e financiadores dos grupos que combatiam o governo de Damasco e seus aliados.
Recentemente, mudou de atitude em relação ao executivo de al-Assad e, no passado dia 18 de Abril, o ministro saudita dos Negócios Estrangeiros, Faisal bin Farhan, deslocou-se oficialmente a Damasco, tendo-se reunido com o presidente sírio.
Tratou-se da primeira visita oficial saudita desde que o reino árabe cortou relações com a Síria, em 2012. Durante mais de uma década, a Arábia Saudita promoveu o isolamento político do país levantino, apostou de forma declarada na queda de Bashar al-Assad e apoiou grupos terroristas.
Outros países árabes, que fizeram o mesmo, estão a regressar ao convívio com o executivo de Damasco.
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