Os dados divulgados esta quarta-feira no portal do Istat evidenciam que mais de 14,3 milhões de italianos estavam em risco de pobreza ou exclusão em 2022 e que a percentagem se mantém estável em relação ao ano anterior, quando os registos apontavam para 25,2% da população nessa condição.
Já uma gradual recuperação económica, segundo o Istat, fez com que a percentagem da população em condições de privação material e social severa passasse de 5,9%, em 2021, para 4,5%, o ano passado.
Um relatório publicado no passado dia 12 pela associação de agricultores Coldiretti revela que, em Itália, 3,1 milhões de pessoas pobres necessitaram de ajuda alimentar nos últimos 12 meses, 630 mil das quais são menores de 15 anos.
No total, foram distribuídas mais de 92 mil toneladas de alimentos por refeitórios sociais e centros de ajuda, afirma a confederação, que destaca a inflação e o preço elevado dos alimentos, e alerta que o país transalpino se prepara para viver o Verão mais caro à mesa em décadas.
Entre os que pedem ajuda para comer, por falta de recursos, mais de um em cada cinco (23%) são migrantes, há 356 mil pessoas com mais de 65 anos, 90 mil pessoas sem-tecto e 34 mil pessoas com deficiência, aponta o texto divulgado.
Segundo refere a agência ANSA, com base nos dados vindos a público, o número de pessoas que pediram ajuda para comer nos últimos três anos aumentou um milhão, 64% das quais vivem no Sul, 22% no Norte e 14% no Centro do país.
De acordo com a fonte, mais de dois milhões de pessoas em Itália receberam ajuda alimentar de forma contínua no último ano; as restantes recorreram as estruturas de apoio de forma ocasional ou em último caso, em momentos de extrema necessidade.
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