Numa declaração emitida esta segunda-feira, o Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros (Minrex) sublinha que os Estados Unidos devem cumprir o estipulado na Convenção sobre Relações Diplomáticas.
Desse modo, na sua qualidade de Estado receptor, os EUA devem adoptar todas as medidas adequadas para proteger os espaços da missão diplomática contra qualquer intrusão ou dano e evitar que se perturbe a tranquilidade do pessoal ou se atente contra a sua dignidade, sublinha.
Condenando a «acção terrorista» levada a cabo na noite de dia 24 contra a sua embaixada em Washington, a diplomacia do país caribenho «alerta mais uma vez para a mensagem que é transmitida relativamente à atitude do governo dos Estados Unidos face a ameaças deste tipo contra as sedes diplomáticas cubanas, mas também contra as de outros países na cidade de Washington».
Dois cocktails Molotov lançados contra a embaixada
Na nota que divulga no seu portal, o Minrex refere que o ataque contra a Embaixada de Cuba nos Estados Unidos ocorreu no domingo à noite, «quando um indivíduo lançou do passeio dois cocktails Molotov sobre a cerca perimetral da instalação, que embateram na parede frontal» da missão diplomática.
O ataque não provocou danos ao pessoal que se encontrava na sede e, a pedido da missão diplomática cubana, oficiais dos Serviços Secretos norte-americanos apresentaram-se na embaixada, tendo tido acesso às instalações para constatar a acção violenta perpetrada, indica o texto.
«Os grupos anti-cubanos recorrem ao terrorismo devido à falência moral do seu ódio contra Cuba e à impunidade que julgam gozar», afirma o Minrex.
«De forma regular, nas trocas oficiais entre a Embaixada e o Departamento de Estado, tem-se alertado que o comportamento permissivo das forças da ordem dos Estados Unidos face a acções violentas pode encorajar a prática de actos desta natureza», refere a declaração.
Segundo ataque desde Abril de 2020
Trata-se do segundo ataque violento contra a sede diplomática cubana em Washington desde Abril de 2020.
Nessa altura, um indivíduo de origem cubana, parado em plena rua da capital norte-americana e usando uma espingarda de assalto, disparou uma rajada de trinta cartuchos contra o edifício, lembra o Ministério.
Embora o pessoal que se encontrava na embaixada não tenha sofrido danos, houve «prejuízos materiais de monta».
«Passados três anos, o autor do incidente ainda está à espera de ser julgado e o governo dos Estados Unidos recusou-se a qualificar o facto como um acto terrorista», denuncia o texto.
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