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Uma marcha em Havana contra a ignomínia imperialista

As autoridades do país caribenho reiteraram, esta semana, o apelo à participação numa marcha contra o bloqueio dos EUA e pela exclusão de Cuba da lista unilateral de alegados patrocinadores do terrorismo.

Bnadeiras nacionais de Cuba em Havana 
Créditos / Asociación valenciana de amistad con Cuba «José Martí»

Na sua conta de Twitter (X), o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, reafirmou a convocatória para a marcha que hoje tem lugar no Malecón de Havana, pelas 16h locais (21h em Portugal continental e Região Autónoma da Madeira).

O chefe de Estado afirmou que neste 20 de Dezembro, «junto ao heróico povo cubano, sairemos em marcha combatente para exigir o fim do bloqueio e da permanência de Cuba na ilegítima lista de países supostamente patrocinadores do terrorismo».

Em jeito de convite, Díaz-Canel disse ainda que, hoje, «como tantas vezes acompanhamos Fidel, vemo-nos nas ruas».

O presidente cubano anunciara a marcha ao intervir na sessão de encerramento do plenário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, realizado há uma semana na capital cubana.

Nesse contexto, Díaz-Canel pediu aos seus compatriotas que se juntassem e desfilassem frente à missão diplomática norte-americana para denunciar o «bloqueio criminoso» e o facto de o país antilhano permanecer incluído na lista unilateral e ilegítima de países que alegadamente patrocinam o terrorismo.

Apesar do reforço das medidas de acosso contra Cuba por parte de Washington, o primeiro secretário do Partido Comunista destacou que «será impossível» vergar a Ilha.

«Uma marcha contra a ignomínia imperial»

A Marcha contra o Bloqueio tem lugar em Havana, esta sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024, às 16h locais / @brunorguezp

Um editorial do diário Granma sublinha que a actual administração norte-americana não só não cumpriu a promessa eleitoral de Biden em relação a Cuba, como manteve em vigor «quase todas as medidas de coerção económica draconianas impostas pelo governo de Trump, e aprovou outras».

«A política de máxima pressão aplicada, cuja pedra basilar é o reforço do bloqueio, teve efeitos marcadamente nefastos na qualidade de vida do povo cubano, no seu acesso à alimentação, aos serviços de saúde, aos medicamentos, à habitação condigna e a numerosos bens essenciais, e provocou a migração de milhares de pessoas, por vezes em condições extremamente arriscadas», denuncia o texto.

Desde o triunfo da Revolução, a estratégia consistiu «não só em levar a fome e a miséria ao povo cubano, mas também e, sobretudo, em tentar mostrar que a causa de tais infortúnios é uma "gestão ineficiente" do governo cubano, e não as chamadas “sanções” de Washington», acrescenta.

Abordando de forma detalhada os danos profundos que o plano imperialista causou ao povo cubano, o editorial destaca também a permanência do país caribenho na «lista arbitrária de alegados patrocinadores do terrorismo» e o modo como isso exclui a Ilha de forma «cínica, cruel e ilegal» da economia e das finanças internacionais.

Neste contexto, o texto afirma que «o povo cubano continuará a lutar contra a agressão injusta, contra o bloqueio genocida, contra a manipulação e a mentira, contra as listas espúrias e coercivas, contra os fundos milionários para subverter a ordem interna e alimentar as operações de desinformação, e exigirá com todas as suas forças justiça e paz para Cuba e para o nosso mundo».

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