|País Basco

Greve na Amazon de Trapagaran continua a ser um «êxito»

Depois das paralisações a 17 e 18 de Dezembro contra a falta de avanços nas negociações, os trabalhadores do centro logístico biscainho da Amazon estão a cumprir outros três dias de greve.

Trabalhadores da Amazon em greve manifestam-se junto ao centro logístico de Trapagaran, a 4 de Janeiro de 2024 
Créditos / @LEzkerraldea

Na quarta-feira, o centro logístico da Amazon esteve encerrado devido à queda de parte da cobertura do edifício no dia anterior, pelo que a actividade de distribuição esteve parada na Biscaia e em boa parte de Álava, Guipúscoa (País Basco), Burgos (Castela e Leão) e La Rioja.

Como isto coincidiu com o primeiro dos três dias de greve convocados pelos sindicatos LAB e ELA, os piquetes mantiveram-se activos, vigiando o cumprimento das medidas de segurança dos trabalhadores das empresas subcontratadas que estiveram a efectuar os trabalhos de reparação no telhado, refere o LAB.

Esta quinta-feira, a empresa quis retomar a actividade no centro logístico, o que, segundo denuncia a organização sindical, não só pôs em risco a segurança dos trabalhadores, como violou o direito à greve.

Em nota divulgada, o LAB afirma que, de acordo com o relatório do engenheiro externo contratado pela Amazon, o trabalho da empresa para reparar o telhado em caso de fortes rajadas de vento seria inteiramente insuficiente.

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Amazon e Manpower violam o direito à greve, denunciam trabalhadores em Bilbau

Um grupo de trabalhadores da Amazon Trapagaran concentrou-se esta quarta-feira frente à sede da Manpower na capital biscainha, acusando a ETT e a Amazon de recorrerem a ameaças e outros expedientes.

Trabalhadores e representantes sindicais frente à sede da Manpower em Bilbau, a 27 de Dezembro de 2023 
Créditos / LAB

A 17 e 18 de Dezembro, os trabalhadores do centro logístico da Amazon em Trapagaran, na Biscaia (País Basco), estiveram em luta contra a precariedade, por melhores salários e em defesa de negociação.

Os sindicatos que convocaram a greve (ELA e LAB) afirmam que se tratou de um «enorme êxito», uma vez que o centro esteve parado – mesmo com os trabalhadores contratados a empresas de trabalho temporário a serem alvo de ameaças e pressões.

Segundo refere o sindicato LAB, o centro logístico biscainho, responsável por grande parte da distribuição do gigante do comércio electrónico na província castelhana de Burgos, na Cantábria e no País Basco, contou com a «ajuda inestimável» da empresa de trabalho temporário (ETT) Manpower para tentar tirar força à greve.

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Primeiro dia de greve na Amazon de Trapagaran com adesão quase total

Face à falta de avanços nas negociações e ao «imobilismo» da empresa, os trabalhadores do centro logístico biscainho da Amazon, determinados a combater a precariedade, decidiram fazer cinco dias de greve.

Trabalhadores em greve no centro logístico da Amazon em Trapagaran, na Biscaia 
Créditos / @LEzkerraldea

O sindicato LAB em Ezkerraldea deu conta da elevada adesão à greve neste domingo, afirmando que, «sem negociações, este Natal as embalagens não são distribuídas». Também referiu que os trabalhadores contratados a empresas de trabalho temporário têm sido alvo de ameaças e pressões, no sentido de não aderirem à greve.

No entanto, as ameaças não parecem ter resultado. Esta manhã, um camião que havia chegado ontem, às 23h, ao armazém para descarregar teve sair das instalações, uma vez que «não havia mãos para o decarregar». Para exigir o fim da precariedade e a celebração de um acordo, as organizações que representam os trabalhadores (LAB e ELA) convocaram mais quatro dias de greve: para hoje e dias 3, 4 e 5 de Janeiro.

Os trabalhadores do centro logístico da Amazon em Trapagaran, responsável por grande parte da distribuição do gigante do comércio electrónico na província castelhana de Burgos, na Cantábria e no País Basco, ainda fizeram umo último esforço, na passada sexta-feira, para encontrar soluções antes da greve, mas sem que a empresa desse respostas às reivindicações colocadas, denuncia o LAB.

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Trabalhadores da Amazon no Reino Unido em luta por melhores salários

Mais de 1100 funcionários da Amazon em dois armazéns no Centro de Inglaterra vão fazer greve no início de Agosto, anunciou esta quinta-feira o sindicato GMB.

Trabalhadores da Amazon em Coventry durante a greve de 25 de Janeiro de 2023 
Créditos / Morning Star

A paralisação agora anunciada dá sequência a um conflito que se prolonga há meses, durante o qual os trabalhadores têm exigido aumentos salariais, mas também têm denunciado «práticas de gestão autoritárias e longas horas», num ambiente «extremamente hostil» – isto porque a empresa não reconhece o sindicato e tem sido acusada, pelo mundo fora, de práticas anti-sindicais.

Rachel Fagan, responsável do GMB, sublinhou que a empresa fez tudo para travar as paralisações ao longo destes meses, «mas que os trabalhadores se mantiveram firmes nos piquetes de greve e estão mais determinados que nunca a conquistar as 15 libras e outros direitos».

A dirigente sindical prevê que a luta alastre, sobretudo depois de, em Junho, os trabalhadores em Coventry terem votado a favor de prolongar o conflito por mais seis meses.

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Trabalhadores da Amazon continuam a «fazer história» em Coventry

A 25 de Janeiro, foram os primeiros da multinacional norte-americana do retalho a fazer greve no Reino Unido. No dia 13, iniciaram uma greve de uma semana contra a proposta de aumento salarial da empresa.

Piquete de greve do sindicato GMB junto ao centro de distribuição da Amazon em Coventry a 28 de Fevereiro de 2023 
Créditos / Morning Star

Além de exigirem aumentos salariais, os trabalhadores denunciam «práticas de gestão autoritárias e longas horas», num ambiente «extremamente hostil» – a Amazon não reconhece o sindicato e tem sido acusada, pelo mundo fora, de práticas anti-sindicais.

Os trabalhadores em luta reivindicam uma remuneração de 15 libras por hora – um aumento de 43%, face aos 5% ou meia libra propostos pela empresa, que alega já ter pago aos trabalhadores um suplemento de 500 libras, no Natal, para fazer frente ao custo de vida.

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Trabalhadores da Amazon em Coventry em greve contra aumento de 57 cêntimos

Os trabalhadores estão prontos para uma «luta de David contra Golias», disse um dirigente sindical a propósito da paralisação desta terça-feira, que se repete esta quinta e na semana de 13 de Março.

Trabalhadores da Amazon em greve no centro de distribuição de Coventry (Inglaterra) 
Créditos / Morning Star

Mais de 350 trabalhadores estiveram ontem em greve no centro de distribuição da Amazon em Coventry, entre as 6h e as 8h e as 18h e as 20h, informou fonte sindical.

A paralisação, que se deve repetir amanhã e de 13 a 17 de Março, segue-se à proposta de aumento salarial de meia libra por hora (57 cêntimos).

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Trabalhadores da Amazon em Coventry avançam para a greve

Rejeitando a proposta de aumento salarial de meia libra por hora, os funcionários decidiram por maioria esmagadora avançar para a primeira greve formal nas instalações da multinacional no Reino Unido.

Instalações da Amazon 
Créditos / Morning Star

A primeira greve que a multinacional norte-americana do retalho – que tem sido acusada de práticas anti-sindicais – enfrenta em território britânico deve ter lugar em Janeiro, anunciou o sindicato GMB, que representa os trabalhadores.

A responsável principal do sindicato, Amanda Gearing, congratulou-se com a «votação histórica», afirmando que os trabalhadores «devem ser aplaudidos pela sua coragem e determinação, e por lutarem por aquilo que é correcto, num ambiente extremamente hostil».

Disse ainda, citada pela Reuters, que «os trabalhadores da Amazon em Coventry fizeram história – serão os primeiros no Reino Unido a participar numa greve formal» na empresa.

A votação, que encerrou esta sexta-feira, contou com a participação de 68% dos trabalhadores, 98% dos quais disseram «sim» à greve, anunciou o GMB.

Desta forma, os trabalhadores rejeitam a proposta de aumento salarial de meia libra (57 cêntimos) por hora, avançada pela multinacional.

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Trabalhadores dormem em tendas junto às instalações da Amazon na Escócia

Há muito que o gigante do retalho é acusado de explorar os seus funcionários e de os submeter as condições laborais miseráveis. O caso recentemente revelado na Escócia volta a apontar o foco para a empresa.

Armazém da Amazon em Dunfermline (Fife, Escócia)
Créditos / theferret.scot

Há alguns dias, o periódico britânico The Courier chegou à fala com um dos trabalhadores acampados junto às instalações da Amazon em Dunfermline, na região escocesa de Fife, onde foram avistadas pelo menos três tendas. Com relutância e sob anonimato, o funcionário acabou por explicar que era mais fácil e barato ficar na tenda do que ir todos os dias para casa, em Perth, a cerca de 50 quilómetros.

Isto passa-se numa altura em que as noites se tornaram muito frias, com as temperaturas a descerem até aos -7 ºC. O trabalhador classificou ainda como «empregador miserável» o gigante do comércio electrónico, que cobra 12 euros diários aos seus funcionários para que estes possam viajar nos seus autocarros.

«Isto passa-se numa altura em que as noites se tornaram muito frias, com as temperaturas a descerem até aos -7 ºC.»

Ao ter conhecimento de que havia trabalhadores a dormir em tendas nas florestas em redor da Amazon, em Dunfermline, o deputado escocês Willie Rennie, que tem reivindicado a melhoria das condições de trabalho na empresa, afirmou: «A Amazon devia ter vergonha por pagar tão pouco aos seus trabalhadores, de tal modo que até têm de acampar no pino do Inverno para conseguir sobreviver».

Rennie, que acusou a Amazon de pagar muito pouco em impostos e de receber milhões de libras do governo escocês, disse ainda ao The Courier que «o mínimo que se lhe exigia era que pagasse um salário digno», acrescentando que «aquilo que a empresa cobra pelo transporte consome uma boa parte do salário semanal, levando a que as pessoas busquem formas cada vez mais desesperadas de fazer com que trabalhar compense».

Uma representante da Amazon nas instalações de Dunfermline – que conta com 1500 trabalhadores fixos e 4000 temporários, contratados para a época do Natal e do Ano Novo – disse que a empresa «paga salários competitivos». «Todos os colaboradores permanentes e temporários da Amazon recebem salários a partir das 7,35 libras (8,7 euros) por hora, independentemente da idade, e a partir de 11 libras (13 euros) por cada hora extraordinária».

«A Amazon explora os trabalhadores»

No final do mês passado, por ocasião da Black Friday («sexta-feira negra», em português), sindicatos e diversas associações manifestaram-se junto aos armazéns da Amazon em Dunfermline em protesto contra a «exploração dos trabalhadores». De acordo com os manifestantes, os funcionários são obrigados a trabalhar «até 60 horas semanais por pouco mais do que o salário mínimo», sob intenso controlo e pressão, e em condições muito deterioradas.

Um porta-voz dos manifestantes disse ao The Courier que a Amazon tem possibilidade de criar condições de trabalho excelentes, mas que não o faz porque «quer mais lucros, a qualquer custo». E isto significa «à custa dos trabalhadores, que não são mais bem tratados do que drones».

«As acusações de más condições de trabalho e assédio moral aos trabalhadores na Amazon têm-se sucedido ao longo dos anos.»

As acusações de más condições de trabalho e assédio moral aos trabalhadores na Amazon têm-se sucedido ao longo dos anos. The Independent refere situações denunciadas pelos trabalhadores como multas por um minuto de atraso após o almoço; quatro dias de trabalho seguidos, sem dormir; a colocação de uma funcionária com cancro da mama num «plano de melhoria de performance», porque – segundo lhe foi dito – a sua «vida pessoal» estava a interferir com o trabalho.

Com base em diversas fontes, a Sputnik indica o caso de trabalhadores que foram despedidos por adoecerem ou por chorarem, bem como condições laborais «prisionais» e locais de trabalho «gelados» ou «tão quentes que os funcionários desmaiam». O ano passado, um sindicato britânico denunciou que as condições de trabalho nos armazéns da Amazon no Reino Unido estavam a tornar os seus funcionários «física e mentalmente» doentes, informa ainda a Sputnik, com base numa reportagem do The Guardian.

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«O facto de serem forçados a fazer greve para ganharem um salário decente numa das empresas mais valiosas devia ser fonte de vergonha para a Amazon», criticou a representante sindical.

Em seu entender, o gigante do retalho tem capacidade para fazer melhor. «Não é tarde para evitar greves e sentar-se à mesa com o GMB para melhorar os salários e as condições», disse Gearing, citada pelo Morning Star.

Hayley Greaves, trabalhador filiado no GMB que trabalha nas instalações de Coventry, no Centro de Inglaterra, disse ao The Guardian: «O custo de vida está a aumentar e estamos mesmo a passar mal. Se conseguirem, as pessoas trabalham 60 horas por semana; se não conseguirem 60 horas, fazem outros trabalhos.»

«Se nos unirmos e nos mantivermos juntos, talvez tenhamos uma hipótese de lutar e alcançar mudanças para todos», acrescentou.

No início deste ano, uma trabalhadora relatou ao periódico, anonimamente, as elevadas pressões exercidas sobre os funcionários, nomeadamente para que classifiquem centenas de artigos por hora.

«Se estás ali há quatro anos e é o teu quarto ou quinto turno da semana, és capaz de não conseguir fazer isso às três da manhã», disse.

Um porta-voz da empresa disse que valorizava o trabalho dos funcionários e que, desde 2018, tinham tido aumentos de 29% no salário mínimo por hora.

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Além de aumentos salariais, os trabalhadores denunciam «práticas de gestão autoritárias e longas horas», num ambiente «extremamente hostil» – a Amazon não reconhece o sindicato e tem sido acusada, pelo mundo fora, de práticas anti-sindicais.

Os trabalhadores em luta reivindicam uma remuneração de 15 libras por hora – um aumento de 43%, face aos 5% ou meia libra propostos pela empresa, que alega já ter pago aos trabalhadores um suplemento de 500 libras, no Natal, para fazer frente ao custo de vida.

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Esquerda francesa reage mal à Legião de Honra atribuída a Jeff Bezos

No dia 16 Fevereiro, quinta jornada de mobilização nacional contra a reforma das pensões, Macron atribuiu, em segredo, ao multimilionário norte-americano a Legião de Honra, revelou o semanário Le Point.

Jeff Bezos (iamgem de arquivo) 
CréditosXavier Collin / francetvinfo.fr

A peça do Le Point ontem publicado só é acessível a assinantes, mas outros meios de comunicação confirmaram a informação ali divulgada: o fundador da Amazon, actual director executivo do gigante do retalho electrónico, é Cavaleiro da Legião de Honra.

A condecoração mais importante do Estado francês foi atribuída a Bezos no passado dia 16, «numa cerimónia faustosa mas confidencial», revelam os periódicos com acesso ao Le Point.

Nesse dia, mais de um milhão de pessoas (1,3 milhão) mobilizavam-se pela quinta-vez, desde 19 de Janeiro, contra um projecto que, entre outros aspectos, prolonga a idade legal de reforma dos 62 para os 64 anos.

Os sindicatos denunciam que os franceses vão ser obrigados a trabalhar mais por menos e que a proposta governamental é «brutal, inaceitável e injusta».

Representantes da esquerda recorreram ao Twitter para expressar a sua indignação. «Emmanuel Macron entrega a Legião de Honra a Jeff Bezos, patrão da Amazon, explorador mundial e rei da optimização fiscal», criticou o deputado e secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel.

Em seu entender, «a doutrina do presidente» consiste em «castigar todos os franceses e recompensar os multimilionários».

Por seu lado, Leïla Chaibi, deputada ao Parlamento Europeu pelo França Insubmissa, escreveu com ironia: «Bravo, Jeff Bezos!» E acrescentou: «Enquanto nos manifestávamos contra a sua reforma das pensões, Macron condecorou-o em nome de França por fugir aos impostos em milhares de milhões, por destruir o planeta e espiar os trabalhadores», aludindo à jornada de mobilização de 16 de Fevereiro e a várias acusações existentes contra o gigante do retalho.

Entre os membros do França Insubmissa, o deputado à Assembleia Nacional Bastien Lachaud foi outro dos que se referiram à situação, criticando Macron por atribuir a Legião de Honra a Bezos, «campeão da evasão fiscal», «saqueador de empregos e da natureza».

«Mais que nunca, o presidente dos ricos!», escreveu, criticando Macron.

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Em declarações à imprensa, Amanda Gearing diz que a greve «mostra a revolta dos trabalhadores da Amazon em Coventry», que «trabalham para uma das empresas mais ricas do mundo e, ainda assim, têm de trabalhar dia e noite para sobreviver».

Stuart Richards, também delegado sindical do GMB, destacou que «os trabalhadores estão novamente nos piquetes de greve porque uma das empresas mais lucrativas do mundo lhes nega um salário que lhes permita viver».

«É uma luta de David contra Golias e os nossos filiados estão determinados a garantir que termina com o aumento que merecem», disse, citado pelo Morning Star.

A multinacional, fundada em 1994 pelo multimilionário norte-americano Jeff Bezos, afirma que oferece aos trabalhadores «um salário competitivo, benefícios abrangentes e oportunidades para a evolução na carreira».

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A 25 de Janeiro, os funcionários da Amazon em Coventry (Centro de Inglaterra) «fizeram história», ao serem os primeiros no Reino Unido «a participar numa greve formal» na empresa, segundo destacou Amanda Gearing, dirigente do GMB, o sindicato que os representa.

Em declarações à imprensa, Gearing disse então que a greve «mostra a revolta dos trabalhadores da Amazon em Coventry», que «trabalham para uma das empresas mais ricas do mundo e, ainda assim, têm de trabalhar dia e noite para sobreviver».

No dia 28 de Fevereiro, seguiu-se nova jornada de paralisação. Stuart Richards, também delegado sindical do GMB, sublinhou então que os trabalhadores estavam novamente nos piquetes de greve «porque uma das empresas mais lucrativas do mundo lhes nega um salário que lhes permita viver».

«É uma luta de David contra Golias e os nossos filiados estão determinados a garantir que termina com o aumento que merecem», disse, citado pelo Morning Star.

Ficou então anunciada uma semana de greve, entre 13 e 17 de Março, caso as reivindicações no centro de distribuição da Amazon em Coventry continuassem a não ter resposta.

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Esquerda francesa reage mal à Legião de Honra atribuída a Jeff Bezos

No dia 16 Fevereiro, quinta jornada de mobilização nacional contra a reforma das pensões, Macron atribuiu, em segredo, ao multimilionário norte-americano a Legião de Honra, revelou o semanário Le Point.

Jeff Bezos (iamgem de arquivo) 
CréditosXavier Collin / francetvinfo.fr

A peça do Le Point ontem publicado só é acessível a assinantes, mas outros meios de comunicação confirmaram a informação ali divulgada: o fundador da Amazon, actual director executivo do gigante do retalho electrónico, é Cavaleiro da Legião de Honra.

A condecoração mais importante do Estado francês foi atribuída a Bezos no passado dia 16, «numa cerimónia faustosa mas confidencial», revelam os periódicos com acesso ao Le Point.

Nesse dia, mais de um milhão de pessoas (1,3 milhão) mobilizavam-se pela quinta-vez, desde 19 de Janeiro, contra um projecto que, entre outros aspectos, prolonga a idade legal de reforma dos 62 para os 64 anos.

Os sindicatos denunciam que os franceses vão ser obrigados a trabalhar mais por menos e que a proposta governamental é «brutal, inaceitável e injusta».

Representantes da esquerda recorreram ao Twitter para expressar a sua indignação. «Emmanuel Macron entrega a Legião de Honra a Jeff Bezos, patrão da Amazon, explorador mundial e rei da optimização fiscal», criticou o deputado e secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel.

Em seu entender, «a doutrina do presidente» consiste em «castigar todos os franceses e recompensar os multimilionários».

Por seu lado, Leïla Chaibi, deputada ao Parlamento Europeu pelo França Insubmissa, escreveu com ironia: «Bravo, Jeff Bezos!» E acrescentou: «Enquanto nos manifestávamos contra a sua reforma das pensões, Macron condecorou-o em nome de França por fugir aos impostos em milhares de milhões, por destruir o planeta e espiar os trabalhadores», aludindo à jornada de mobilização de 16 de Fevereiro e a várias acusações existentes contra o gigante do retalho.

Entre os membros do França Insubmissa, o deputado à Assembleia Nacional Bastien Lachaud foi outro dos que se referiram à situação, criticando Macron por atribuir a Legião de Honra a Bezos, «campeão da evasão fiscal», «saqueador de empregos e da natureza».

«Mais que nunca, o presidente dos ricos!», escreveu, criticando Macron.

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De acordo com o GMB, a proposta de aumento salarial de 57 cêntimos, feita pela empresa em Agosto do ano passado, é «ofensiva», com os trabalhadores em Coventry a auferirem pouco mais do que o salário mínimo.

O nível da «ofensa» pode ser aferido pelos números de trabalhadores sindicalizados no GMB, que em Janeiro eram 130 e hoje são 500, num total de 1300 funcionários, segundo indica o Morning Star.

Sobre a adesão à greve esta semana, o periódico destaca que, no centro do conflito, está a questão salarial e que a Amazon está a agir como se a paralisação não existisse, não havendo quaisquer sinais da parte da empresa de que vá ter em consideração os problemas colocados pelos trabalhadores.

Para a tarde desta quarta-feira, foi convocada uma mobilização em Coventry de apoio aos grevistas da Amazon, com o lema «We have had enough» (estamos fartos).

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Nesse sentido, afirmou que «a luta pelos direitos dos trabalhadores na Amazon está apenas a começar», tendo revelado que os funcionários no armazém de Rugeley devem parar a 3 e 4 de Agosto, enquanto os seus colegas em Coventry farão greve nos dias 4 e 5.

A luta pelos salários na Amazon no Reino Unido já dura há um ano. A proposta de aumento salarial de 57 cêntimos, feita pela empresa em Agosto do ano passado, foi classificada como «ofensiva» pelo sindicato, com os trabalhadores em Coventry a auferirem pouco mais do que o salário mínimo.

Em resposta às dezenas de paralisações nos armazéns, que começaram em Janeiro deste ano, a Amazon respondeu que revê de forma regular os salários de modo a «oferecer salários e benefícios competitivos». Acrescentou que a remuneração mais baixa aumentou 10% em menos de um ano e mais de 37% desde 2018.

No entanto, os trabalhadores não se mostram convencidos com as alegações da empresa – que aumentou o salário mínimo por hora para 11 libras – e reivindicam uma remuneração de 15 libras por hora, de modo a poderem fazer frente ao custo de vida.

Darren Westwood, empregado da Amazon, disse ao portal bnn.network que «ninguém acredita que os 57 cêntimos que conquistámos em Coventry sejam suficientes para viver».

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Esquerda francesa reage mal à Legião de Honra atribuída a Jeff Bezos

No dia 16 Fevereiro, quinta jornada de mobilização nacional contra a reforma das pensões, Macron atribuiu, em segredo, ao multimilionário norte-americano a Legião de Honra, revelou o semanário Le Point.

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A peça do Le Point ontem publicado só é acessível a assinantes, mas outros meios de comunicação confirmaram a informação ali divulgada: o fundador da Amazon, actual director executivo do gigante do retalho electrónico, é Cavaleiro da Legião de Honra.

A condecoração mais importante do Estado francês foi atribuída a Bezos no passado dia 16, «numa cerimónia faustosa mas confidencial», revelam os periódicos com acesso ao Le Point.

Nesse dia, mais de um milhão de pessoas (1,3 milhão) mobilizavam-se pela quinta-vez, desde 19 de Janeiro, contra um projecto que, entre outros aspectos, prolonga a idade legal de reforma dos 62 para os 64 anos.

Os sindicatos denunciam que os franceses vão ser obrigados a trabalhar mais por menos e que a proposta governamental é «brutal, inaceitável e injusta».

Representantes da esquerda recorreram ao Twitter para expressar a sua indignação. «Emmanuel Macron entrega a Legião de Honra a Jeff Bezos, patrão da Amazon, explorador mundial e rei da optimização fiscal», criticou o deputado e secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel.

Em seu entender, «a doutrina do presidente» consiste em «castigar todos os franceses e recompensar os multimilionários».

Por seu lado, Leïla Chaibi, deputada ao Parlamento Europeu pelo França Insubmissa, escreveu com ironia: «Bravo, Jeff Bezos!» E acrescentou: «Enquanto nos manifestávamos contra a sua reforma das pensões, Macron condecorou-o em nome de França por fugir aos impostos em milhares de milhões, por destruir o planeta e espiar os trabalhadores», aludindo à jornada de mobilização de 16 de Fevereiro e a várias acusações existentes contra o gigante do retalho.

Entre os membros do França Insubmissa, o deputado à Assembleia Nacional Bastien Lachaud foi outro dos que se referiram à situação, criticando Macron por atribuir a Legião de Honra a Bezos, «campeão da evasão fiscal», «saqueador de empregos e da natureza».

«Mais que nunca, o presidente dos ricos!», escreveu, criticando Macron.

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«Sabemos que merecemos mais. É por isso que avançamos para a greve e apelamos aos trabalhadores de outros armazéns para que se juntem a nós nas greves», frisou.

Quando os trabalhadores da Amazon em Coventry «fizeram história», a 25 de Janeiro, ao serem os primeiros no Reino Unido «a participar numa greve formal» na empresa, Amanda Gearing, dirigente do GMB, disse que a greve evidenciava a sua «revolta».

«Trabalham para uma das empresas mais ricas do mundo e, ainda assim, têm de trabalhar dia e noite para sobreviver», denunciou.

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«A força da Amazon é alimentada pela precariedade laboral, longas jornadas de trabalho, recurso excessivo a horas extra, ritmos de trabalho muito elevados, controlo constante por parte das APP que afecta a saúde física e/ou psicológica dos funcionários, bem como grande instabilidade devido a contratos de trabalho temporários», afirmaram os sindicatos ao anunciar a greve, lembrando que estas questões não foram resolvidas na sequência das quatro jornadas de luta realizadas entre Outubro e Dezembro do ano passado.

«A Amazon continua a ter uma saúde financeira muito boa às custas da precariedade. No primeiro trimestre de 2023, reportou lucros líquidos de 3,2 mil milhões de dólares em todo o mundo. No segundo trimestre de 2023, a receita da Amazon cresceu 11%», informaram, ao mesmo tempo que denunciavam o facto de a empresa não dar resposta à reivindicação de melhores condições por parte dos 125 trabalhadores que laboram em Trapagaran.

Entre as reivindicações colocadas pelos funcionários do armazém biscainho contam-se: aumentos salariais; o pagamento do trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados com um acréscimo de 75% sobre o salário real; o reconhecimento do descanso como tempo efectivo de trabalho.

Também o aumento em 10% dos salários dos trabalhadores com contratos a tempo parcial; o fim dos contrários precários e a vinculação; o gozo, no mínimo, de 22 dias úteis de férias por ano e o pagamento das despesas com transportes, entre outras questões.

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Por um lado, acusa, em Novembro a empresa realizou mais de 40 contratações «extraordinárias» para o período do Natal; por outro, tanto Amazon como Manpower contactaram os funcionários precários, por telefone, via WhatsApp ou recorrendo ao e-mail, avisando-os que «não se justificam as ausências» e que seria «aplicado o procedimento disciplinar, como em qualquer ausência».

Os sindicatos lembraram que a legislação laboral (artigo 6.5 do decreto-lei das relações de trabalho) estabelece que, durante a greve, o empresário não poderá substituir os grevistas por trabalhadores que não estivessem ligados à empresa no momento em que foi divulgado o pré-aviso de greve.

Desta forma, sublinham, é ilegal a contratação temporária de trabalhadores com o único fim de fazer frente à greve.

Novas paralisações a 3, 4 e 5 de Janeiro

Os sindicatos, que acusam a Amazon de «imobilismo», afirmam ainda que, no passado dia 22 de Dezembro, a Manpower voltou a enviar mais mensagens por WhatsApp e e-mail, nas quais «oferecia horas extra na primeira semana de Janeiro», precisamente a semana para a qual estão convocados três novos dias de paralisação no centro logístico de Trapagaran.

Neste sentido, LAB e ELA deram conhecimento dos factos denunciados à Inspecção do Trabalho e Segurança Social da Biscaia, à qual solicitam que intervenha com a máxima celeridade possível, de modo «a actuar contra a violação do direito à greve que Manpower e Amazon estão a levar a cabo».

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«A reparação foi efectuada com lonas de plástico, tábuas de madeira e sacos de areia. Assim, além de exigir à empresa uma reparação digna e segura, pusemo-nos em contacto com a Inspecção do Trabalho e o Osalan – Instituto Basco de Segurança e Saúde Laborais para garantir a saúde dos trabalhadores», lê-se na nota.

O sindicato reitera a acusação de violação do direito à greve por parte da Amazon, lembrando que os trabalhadores subcontratados às empresas de trabalho temporário (ETT) tiveram de se apresentar, ontem, nas instalações de Trapagaran.

Em todo o caso, refere o LAB, o impacto da greve «continua a ser evidente», sendo que apenas foram distribuídas 12 mil das 30 mil embalagens que costumam sair do centro nesta época do ano.

Na véspera do último dia de greve agendado, os trabalhadores em greve manifestaram-se junto ao centro logístico, afirmando que novas medidas de luta serão determinadas pela resposta da empresa às reivindicações colocadas.

«A força da Amazon é alimentada pela precariedade»

«A força da Amazon é alimentada pela precariedade laboral, longas jornadas de trabalho, recurso excessivo a horas extra, ritmos de trabalho muito elevados, controlo constante por parte das APP que afecta a saúde física e/ou psicológica dos funcionários, bem como grande instabilidade devido a contratos de trabalho temporários», denunciaram os sindicatos ao convocar a greve.

Piquete de greve junto às instalações do centro da Amazon em Trapagaran, a 4 de Janeiro de 2024 / @LEzkerraldea 

«A Amazon continua a ter uma saúde financeira muito boa às custas da precariedade. No primeiro trimestre de 2023, reportou lucros líquidos de 3,2 mil milhões de dólares em todo o mundo. No segundo trimestre de 2023, a receita da Amazon cresceu 11%», lembraram, ao denunciarem o facto de a empresa não dar resposta à reivindicação de melhores condições por parte dos 125 trabalhadores que laboram em Trapagaran.

Os funcionários do armazém biscainho exigem aumentos salariais; o pagamento do trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados com um acréscimo de 75% sobre o salário real; o reconhecimento do descanso como tempo efectivo de trabalho.

Também o aumento em 10% dos salários dos trabalhadores com contratos a tempo parcial; o fim dos contrários precários e a vinculação; o gozo, no mínimo, de 22 dias úteis de férias por ano e o pagamento das despesas com transportes, entre outras questões.

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