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Agressão israelita a Gaza com impacto devastador na educação

Mais de 625 mil estudantes e cerca de 22 500 professores em Gaza foram privados do acesso à educação e de um local seguro, devido à actual ofensiva israelita, afirmou a UNRWA.

Pessoas deslocadas no interior de uma escola da UNRWA transformada em centro de acolhimento 
CréditosAshraf Amra / unrwa.org

Num comunicado emitido a propósito do Dia Internacional da Educação, que ontem se assinalou, a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina) informou que todas as suas escolas no enclave palestiniano permanecem encerradas e que a maioria alberga pessoas deslocadas – que o organismo estima em mais de 1,2 milhões.

Desde o início do massacre israelita à Faixa de Gaza, há mais de três meses, mais de 625 mil estudantes e 22 564 professores no território foram privados do acesso à educação e de um local seguro, alertou a UNRWA.

Três em cada quatro edifícios escolares foram atingidos na Faixa de Gaza, bem como inúmeras instituições do ensino superior, destaca a agência das Nações Unidas, que se refere igualmente às dificuldades crescentes de acesso à educação na Margem Ocidental ocupada.

De acordo com o documento, pelo menos 782 mil estudantes na Cisjordânia ocupada foram afectados por restrições de movimentos, aumento da violência e receio de ataques por parte dos colonos e das forças israelitas desde Outubro.

Por seu lado, o Ministério palestiniano da Educação refere, via Wafa, que 4551 estudantes foram mortos e 8193 ficaram feridos no contexto da mais recente agressão israelita aos territórios palestinianos, a grande maioria dos quais na Faixa de Gaza.

Imagem de uma das instalações da UNRWA em Khan Younis, na sequência de um bombardeamento israelita, a 24 de Janeiro de 2024 / PressTV

A tutela refere ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 231 professores e administradores escolares, enquanto 756 ficaram feridos. Nesse mesmo período, desde 7 de Outubro, o ministério registou seis docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia.

Alerta para a situação em Khan Younis

Num outro comunicado, já emitido esta quinta-feira, a UNRWA afirma que os «ataques persistentes a espaços civis em Khan Younis [Sul da Faixa de Gaza] são totalmente inaceitáveis e devem parar imediatamente».

A agência das Nações Unidas denuncia a situação de combate nas imediações dos hospitais e dos abrigos que acolhem os deslocados, com as pessoas presas lá dentro e as operações de salvamento impedidas.

Bombardeamentos israelitas a um centro da UNRWA, onde estão abrigadas milhares de pessoas deslocadas, provocaram pelo menos 12 mortos e 75 feridos, confirmou o organismo, que ontem, pela voz do seu comissário-geral, Philippe Lazzarini, classificou o ataque como um «desrespeito flagrante pelas regras básicas da guerra».

«O complexo é uma instalação da ONU claramente assinalada e as suas coordenadas foram partilhadas com as autoridades israelitas, tal como fazemos com todas as nossas instalações», sublinhou o responsável, de acordo com o qual pelo menos 30 mil pessoas se encontram no local.

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