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Administração da CP prende-se à situação governativa para negar aumentos

Administração da CP limitou-se a executar as ordens do Governo, sem assumir que é necessária outra política salarial que valorize os salários e as carreiras. Sindicato já disse que após a tomada de posse do novo Governo voltará à carga.

Na última greve de 12 de Março, só circularam os comboios previstos nos serviços mínimos
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

O processo é simples para o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF). Para o sindicato o que se poderia caracterizar como um processo negocial foi apenas um simulacro de negociação, uma vez que a administração da CP limitou-se a dizer que iria seguir as orientações do Governo e, com isso, recusar qualquer proposta que permitisse melhorar a vida dos trabalhadores. 

Segundo o comunicado emitido pelo sindicato, a administração limitou-se «a apresentar cenários em que tirava de um lado para colocar noutro». O resultado seria o esperado com um processo que fica marcado pela inflexibilidade: as propostas de actualização salarial que não tiveram em conta o crescimento do Salário Mínimo Nacional, nem a degradação das condições de vida dos trabalhadores, em resultado do aumento do custo de vida.

A questão é que a administração já deveria conhecer a força dos trabalhadores e não menosprezá-la. Para já, de forma a esclarecer e analisar toda a forma como o actual processo negocial se desenrolou, a direcção do Sindicato está a realizar acções de contacto nos locais de trabalho, para, juntamente com os trabalhadores, serem decididos os próximos passos da intervenção sindical.
 

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