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E, no entanto, eles lutam: trabalhadores da Hutchinson arrancam para a greve

«Porque a luta continua/Pois é dele a sua história e o povo saiu à rua», cantava Zeca Afonso. Trabalhadores da Hutchinson vão paralisar nos dias 12 e 13 de Março, em protesto por melhores salários e o pagamento do trabalho ao Sábado.

Trabalhadores da Hutchinson em acção de luta
Créditos / Fiequimetal

A decisão de partir para esta greve de 24h, que arranca às 22h do dia 12 de Março, período em que se inicia mais um turno nocturno, foi tomada por maioria no plenário realizado a 28 de Fevereiro de 2024.

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Hutchinson impõe bancos de horas nas suas fábricas

O SITE Sul denuncia que a Covid-19 está a servir de «pretexto para serem impostos bancos de horas aos trabalhadores» nas fábricas da Hutchinson, em Campo Maior e Portalegre.

Créditos / CGTP-IN

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) afirma num comunicado que, nos dias 18 e 19 de Março, a Hutchinson Borrachas de Portugal, em Campo Maior, «pressionou» os trabalhadores da empresa «para assinarem um "acordo" de banco de horas individual».

Este «acordo», que deverá vigorar pelo menos até 31 de Dezembro de 2020, teve «o parecer favorável da Comissão de Trabalhadores, sem que os trabalhadores tenham sido consultados nem informados previamente por esta estrutura representativa», denuncia na nota.

Em Portalegre, a fábrica da mesma multinacional, que tem sede em Paris e integra o Grupo Total, decidiu unilateralmente «activar o banco de horas, colocando os trabalhadores em casa a partir do dia 23 de Março, durante um período de dez dias», desrespeitando a lei, segundo o sindicato.

O SITE Sul sublinha que estas empresas, «que ocupam o pódio das exportações, dos lucros e da precariedade», devem encontrar «soluções para organizar a produção, em condições que salvaguardem a saúde dos trabalhadores», garantindo a manutenção do emprego e o respeito pelos seus direitos, «que o estado de emergência não coloca em causa».

Considera ainda que «são inadmissíveis pressões e chantagens para que os trabalhadores aceitem a retirada de direitos», acabando por «colocar os trabalhadores a pagar a factura».

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A justeza deste veredicto comprovou-se dias depois, refere comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (Site Sul/ CGTP-IN), quando a administração da Hutchinson Borrachas, em reunião com o sindicato, recusou toda e qualquer proposta vinda dos trabalhadores.

«Por um melhor aumento dos salários» e a actualização para um subsídio de refeição digno. «Pelo pagamento das horas trabalhadas ao sábado e feriado, em horário normal, como trabalho suplementar» e a criação e atribuição de diuturnidades, os trabalhadores desta fábrica de borracha, detida pela multinacional francesa Hutchinson, em Campo Maior, voltam à luta.

Para além de uma concentração geral, de todos os trabalhadores, em frente às instalações da empresa no dia 13 de Março, entre as 7h e as 9h, vão ser realizadas acções de protesto no início do horário de cada turno na empresa: às 22h de dia 12; às 5h da manhã de dia 13 e às 14h.

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