Os presentes no encontro damasceno reafirmaram «o espírito de solidariedade, luta, soberania e apoio mútuo que une a Síria e o país caribenho», afirma a Prensa Latina, acrescentando que, na ocasião foram destacados os «significados históricos, patrióticos e revolucionários» dos assaltos ao Moncada, em Santiago de Cuba, e ao Carlos Manuel de Céspedes, em Bayamo, a 26 de Julho de 1953.
O encarregado de negócios interino da Embaixada de Cuba, Luis Javier Cabañas, disse que se trata de «um marco decisivo na longa batalha do povo cubano pela sua plena libertação».
«Recordamos com orgulho esta epopeia da nossa história protagonizada por jovens revolucionários liderados por Fidel Castro, Raúl Castro e Abel Santamaría, que se lançaram ao combate, com os ideários de liberdade de José Martí, e deram as suas vidas para dar a Cuba toda a liberdade e justiça social», afirmou o representante diplomático.
Cabañas denunciou o facto de o governo dos Estados Unidos persistir nas suas «campanhas de descrédito, mentiras e manipulações, e de incitamento a desordens e caos, para justificar uma intervenção armada e derrotar a Revolução».
«O assalto ao Moncada ensinou ao nosso povo também a transformar os reveses em vitórias, a entender que trincheiras de ideias são mais poderosas que trincheiras de pedras», referiu, tendo ainda agradecido ao povo sírio e ao seu governo pelo seu apoio e solidariedade, bem como pela condenação do bloqueio.
Cuba apoia a paz e salva vidas no mundo, não patrocina o terrorismo
Durante o encontro, procedeu-se à leitura da declaração emitida pela Associação de Sírios Formados em Cuba, na qual se exigiu à administração norte-americana que retire Cuba da sua lista «arbitrária, falsa e injusta» de países que alegadamente patrocinam o terrorismo e que deixe de impor sanções e outras medidas económicas coercivas unilaterais.
O texto, lido por George Bittar e Fady Marouf, dois profissionais sírios que se formaram na Ilha, afirma que tal medida constitui uma manipulação política do tema e uma via para que os EUA fujam do reconhecimento da «absoluta verdade de que Cuba apoia a paz e salva vidas no mundo, enquanto Washington alimenta as guerras e espalha o caos onde quer que intervenha, e o nosso país, Síria, é o melhor exemplo».
Sírios que se formaram em universidades cubanas juntaram-se em Damasco para agradecer à Ilha e reafirmar a solidariedade com o povo cubano, que continua a resistir às pressões de Washington. «Reiteramos a nossa gratidão ao povo cubano, que nos acolheu com muito carinho durante os anos de estudo e mostrou grande humanismo e generosidade», afirma o documento emanado do II Encontro de Sírios Formados em Cuba, que teve lugar este sábado na capital síria. Na ocasião, refere a Prensa Latina, reafirmaram o compromisso com a Revolução Cubana, que lhes proporcionou a oportunidade de obter conhecimentos que beneficiam o seu país e a eles mesmos. A declaração do encontro condenou de forma enérgica o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA à Ilha, considerando que, tal como o que é imposto à Síria, «viola as normas do direito internacional, agrava o sofrimento dos povos e impede o seu bem-estar e caminho em direcção ao desenvolvimento». «Sentimos a difícil vida quotidiana que os cubanos enfrentam porque nos consideramos parte desse povo e nos comprometemos a defender as suas causas e a estar com ele nas boas e nas más ocasiões», afirmaram os sírios formados em Cuba. O embaixador cubano em Damasco, Luis Mariano Fernández, participou no evento e, ao intervir, fez um apelo ao trabalho com espírito de unidade e colectivo, para enfrentar os desafios decorrentes das políticas hostis daqueles que se julgam no direito de impor os seus interesses para dominar o mundo a seu gosto. «Temos de nos tornar multiplicadores da defesa da verdade dos nossos povos em todas as línguas possíveis. E não imaginam a força das nossas mensagens quando todos nos juntamos numa só voz», disse o diplomata, que destacou a importância do encontro «nestes momentos complexos e difíceis». Por seu lado, o embaixador sírio em Havana, Ghassan Obeid, disse por videoconferência que «Cuba está no coração de cada sírio» e que «é um exemplo a imitar pela sua heróica resistência e infatigável trabalho em prol da construção de um futuro melhor, no meio de tantas adversidades geradas por um injusto bloqueio com mais de seis décadas». «Cuba dá a sua mão e partilha o pouco que tem com outros povos necessitados, entre os quais a Síria», afirmou o chefe da missão diplomática síria em Cuba, lembrando que nas universidades cubanas se formaram dezenas de cidadãos do seu país. Obeid aproveitou ainda para agradecer a Havana por apoiar sempre o país levantino durante e a guerra e depois dela, e pediu aos jovens sírios que actualmente estudam em Cuba que coloquem os conhecimentos adquiridos ao serviço do povo sírio quando terminarem os seus cursos, ajudando a reconstruir o país. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Profissionais sírios formados em Cuba reafirmam gratidão à Ilha
«Cuba dá a sua mão e partilha o pouco que tem com outros povos»
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Além disso, indica a fonte, os membros da referida associação condenaram o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto a Cuba desde há mais de seis décadas, cujo levantamento é exigido, ano após ano desde 1992, na Assembleia Geral das Nações Unidas por esmagadora maioria.
Na ocasião, não faltaram mostras de gratidão a Cuba, ao seu povo, governo e Revolução, por facultar aos sírios a preciosa oportunidade de estudar e adquirir conhecimentos e valores humanos.
Ayuman Yousef, engenheiro civil que se formou em Cuba, interveio para afirmar que «o Moncada vive hoje mais que nunca, não apenas na Ilha, mas também na Síria, na América Latina e em todo o mundo».
«Este acontecimento transcendental ensinou-nos que com pouco se pode fazer muito e que a unidade faz com que o povo seja invencível», declarou.
Os assaltos ao Quartel Moncada, levado a cabo por um grupo de 131 jovens cubanos, liderados por Fidel Castro, e ao Quartel de Bayamo, em que participaram 28, passariam à história como a luta da chamada Geração do Centenário, que acabaria por derrubar a ditadura do então presidente Fulgencio Batista (1952-1958).
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