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«Cuba resistirá e vencerá», afirma-se no Uruguai

O lema «Cuba resistirá e vencerá» foi repetido em Montevideu, onde se assinalou o Dia da Rebeldia Nacional do país antilhano. A Federação Sindical Mundial destaca o exemplo da Ilha na luta contra o imperialismo.

O 26 de Julho foi assinalado no Uruguai Créditos / PL

A Embaixada de Cuba no Uruguai foi palco de uma iniciativa solidária com a Ilha, esta sexta-feira, por ocasião das celebrações do 71.º aniversário dos ataques a dois quartéis no Oriente cubano, no período da tirania de Fulgencio Batista, liderados por Fidel Castro.

Deputados e outras pessoas amigas de Cuba no país austral, embaixadores de diversos países, cubanos ali residentes participaram numa cerimónia em que também assumiram destaque membros da brigada médica cubana que presta serviços no Hospital Oftalmológico «José Martí» – uma cooperação que se mantém há 17 anos.

«Cuba é um exemplo de resistência e de defesa da soberania», afirmou Matilde Pomi, da Federação dos Estudantes Universitários do Uruguai e que, indica a Prensa Latina, participou no acto em representação do Comité Uruguaio Anti-imperialista de Solidariedade com Cuba e os Povos do Mundo (que reúne várias organizações sociais e políticas do país).

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Significados do 26 de Julho cubano destacados na Síria

Sírios e cubanos juntaram-se esta quarta-feira em Damasco para assinalar o 71.º aniversário dos assaltos aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, durante a ditadura de Fulgencio Batista (1952-1958).

Presentes no encontro em Damasco exibem bandeiras da Síria, de Cuba, da Palestina e do Movimento 26 de Julho Créditos / PL

Os presentes no encontro damasceno reafirmaram «o espírito de solidariedade, luta, soberania e apoio mútuo que une a Síria e o país caribenho», afirma a Prensa Latina, acrescentando que, na ocasião foram destacados os «significados históricos, patrióticos e revolucionários» dos assaltos ao Moncada, em Santiago de Cuba, e ao Carlos Manuel de Céspedes, em Bayamo, a 26 de Julho de 1953.

O encarregado de negócios interino da Embaixada de Cuba, Luis Javier Cabañas, disse que se trata de «um marco decisivo na longa batalha do povo cubano pela sua plena libertação».

«Recordamos com orgulho esta epopeia da nossa história protagonizada por jovens revolucionários liderados por Fidel Castro, Raúl Castro e Abel Santamaría, que se lançaram ao combate, com os ideários de liberdade de José Martí, e deram as suas vidas para dar a Cuba toda a liberdade e justiça social», afirmou o representante diplomático.

Cabañas denunciou o facto de o governo dos Estados Unidos persistir nas suas «campanhas de descrédito, mentiras e manipulações, e de incitamento a desordens e caos, para justificar uma intervenção armada e derrotar a Revolução».

«Este acontecimento transcendental ensinou-nos que com pouco se pode fazer muito e que a unidade faz com que o povo seja invencível», afirmou-se em Damasco a propósito do 26 de Julho de 1953 / PL

«O assalto ao Moncada ensinou ao nosso povo também a transformar os reveses em vitórias, a entender que trincheiras de ideias são mais poderosas que trincheiras de pedras», referiu, tendo ainda agradecido ao povo sírio e ao seu governo pelo seu apoio e solidariedade, bem como pela condenação do bloqueio.

Cuba apoia a paz e salva vidas no mundo, não patrocina o terrorismo

Durante o encontro, procedeu-se à leitura da declaração emitida pela Associação de Sírios Formados em Cuba, na qual se exigiu à administração norte-americana que retire Cuba da sua lista «arbitrária, falsa e injusta» de países que alegadamente patrocinam o terrorismo e que deixe de impor sanções e outras medidas económicas coercivas unilaterais.

O texto, lido por George Bittar e Fady Marouf, dois profissionais sírios que se formaram na Ilha, afirma que tal medida constitui uma manipulação política do tema e uma via para que os EUA fujam do reconhecimento da «absoluta verdade de que Cuba apoia a paz e salva vidas no mundo, enquanto Washington alimenta as guerras e espalha o caos onde quer que intervenha, e o nosso país, Síria, é o melhor exemplo».

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Profissionais sírios formados em Cuba reafirmam gratidão à Ilha

Sírios que se formaram em universidades cubanas juntaram-se em Damasco para agradecer à Ilha e reafirmar a solidariedade com o povo cubano, que continua a resistir às pressões de Washington.

O II Encontro de Sírios Formados em Cuba reafirmou o agradecimento a Cuba Créditos / PL

«Reiteramos a nossa gratidão ao povo cubano, que nos acolheu com muito carinho durante os anos de estudo e mostrou grande humanismo e generosidade», afirma o documento emanado do II Encontro de Sírios Formados em Cuba, que teve lugar este sábado na capital síria.

Na ocasião, refere a Prensa Latina, reafirmaram o compromisso com a Revolução Cubana, que lhes proporcionou a oportunidade de obter conhecimentos que beneficiam o seu país e a eles mesmos.

A declaração do encontro condenou de forma enérgica o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA à Ilha, considerando que, tal como o que é imposto à Síria, «viola as normas do direito internacional, agrava o sofrimento dos povos e impede o seu bem-estar e caminho em direcção ao desenvolvimento».

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«Sentimos a difícil vida quotidiana que os cubanos enfrentam porque nos consideramos parte desse povo e nos comprometemos a defender as suas causas e a estar com ele nas boas e nas más ocasiões», afirmaram os sírios formados em Cuba.

O embaixador cubano em Damasco, Luis Mariano Fernández, participou no evento e, ao intervir, fez um apelo ao trabalho com espírito de unidade e colectivo, para enfrentar os desafios decorrentes das políticas hostis daqueles que se julgam no direito de impor os seus interesses para dominar o mundo a seu gosto.

«Temos de nos tornar multiplicadores da defesa da verdade dos nossos povos em todas as línguas possíveis. E não imaginam a força das nossas mensagens quando todos nos juntamos numa só voz», disse o diplomata, que destacou a importância do encontro «nestes momentos complexos e difíceis».

«Cuba dá a sua mão e partilha o pouco que tem com outros povos»

Por seu lado, o embaixador sírio em Havana, Ghassan Obeid, disse por videoconferência que «Cuba está no coração de cada sírio» e que «é um exemplo a imitar pela sua heróica resistência e infatigável trabalho em prol da construção de um futuro melhor, no meio de tantas adversidades geradas por um injusto bloqueio com mais de seis décadas».

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«Cuba dá a sua mão e partilha o pouco que tem com outros povos necessitados, entre os quais a Síria», afirmou o chefe da missão diplomática síria em Cuba, lembrando que nas universidades cubanas se formaram dezenas de cidadãos do seu país.

Obeid aproveitou ainda para agradecer a Havana por apoiar sempre o país levantino durante e a guerra e depois dela, e pediu aos jovens sírios que actualmente estudam em Cuba que coloquem os conhecimentos adquiridos ao serviço do povo sírio quando terminarem os seus cursos, ajudando a reconstruir o país.

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Além disso, indica a fonte, os membros da referida associação condenaram o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto a Cuba desde há mais de seis décadas, cujo levantamento é exigido, ano após ano desde 1992, na Assembleia Geral das Nações Unidas por esmagadora maioria.

Na ocasião, não faltaram mostras de gratidão a Cuba, ao seu povo, governo e Revolução, por facultar aos sírios a preciosa oportunidade de estudar e adquirir conhecimentos e valores humanos.

Ayuman Yousef, engenheiro civil que se formou em Cuba, interveio para afirmar que «o Moncada vive hoje mais que nunca, não apenas na Ilha, mas também na Síria, na América Latina e em todo o mundo».

«Este acontecimento transcendental ensinou-nos que com pouco se pode fazer muito e que a unidade faz com que o povo seja invencível», declarou.

Os assaltos ao Quartel Moncada, levado a cabo por um grupo de 131 jovens cubanos, liderados por Fidel Castro, e ao Quartel de Bayamo, em que participaram 28, passariam à história como a luta da chamada Geração do Centenário, que acabaria por derrubar a ditadura do então presidente Fulgencio Batista (1952-1958).

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«O exemplo de Cuba é um exemplo heróico, sem claudicações», defendeu Pomi, que denunciou a política de bloqueio imposta à Ilha pelos EUA há mais de seis décadas.

Por seu lado, a embaixadora de Cuba, Zulan Popa, sublinhou que o seu povo não se rende e que se agarra ao apoio que recebe de outros países.

Neste contexto, lembrou a nova campanha de recolha de materiais médicos e medicamentos para o povo cubano que teve início no Uruguai, onde as brigadas fazem chegar a solidariedade da Ilha.

«Mãos fora de Cuba!»: Federação Sindical Mundial solidária com a Ilha

Cartaz da campanha solidária «Mãos fora de Cuba!», lançada pela FSM a propósito deo 26 de Julho // wftucentral.org

A propósito do 26 de Julho, a Federação Sindical Mundial (FSM) decidiu promover mais uma campanha de solidariedade com Cuba, «divulgando a forte mensagem internacionalista de que Cuba não está sozinha», lê-se no portal da organização sindical.

O 26 de Julho «deu esperança aos trabalhadores de todo o mundo e mostrou que o povo pode derrotar os exploradores e criar uma sociedade livre de exploração», declara a FSM, sublinhando que o povo cubano continua a ser «um exemplo militante na luta contra o imperialismo».

«Especialmente neste período difícil em que o povo cubano está na mira do imperialismo, é vital expressar a nossa solidariedade e apoio internacionalista, organizando protestos e manifestações frente às embaixadas e consulados norte-americanos, exigindo o fim do bloqueio e a eliminação de Cuba da lista de países que "alegadamente patrocinam o terrorismo"», declara o texto da FSM, que apela à mobilização dos seus filiados em todo o mundo sob os lemas «Mãos fora de Cuba!» e «Parem o bloqueio já!».

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