|Venezuela

Arreaza critica vocabulário usado na imprensa para desprestigiar a Venezuela

Na sua conta de Telegram, o secretário-executivo da ALBA-TCP referiu-se ao «vocabulário tendencioso da moda nos meios e redes ocidentais em relação à Venezuela», para desprestigiar o país. E respondeu.

Jorge Arreaza, secretário-executivo da ALBA-TCP Créditos / albatcp.org

Jorge Arreaza, secretário-executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP), criticou os termos utilizados de forma recorrente nas últimas semanas em órgãos de comunicação e redes sociais do Ocidente para desprestigiar o país caribenho aos olhos do mundo.

«São apenas contributos para realizar um estudo semiótico da guerra psicológica contra a Venezuela», escreveu Arreaza na sua conta de Telegram, onde partilhou uma lista de termos que «emanam da direita fascista» venezuelana e são divulgados pela direita internacional.

Destacou, por exemplo, o recurso a «regime» ou «Rrrrregime», termo que há anos é reservado para países como a Venezuela, Cuba ou Rússia, afirmou, apesar de nos países ocidentais haver «regimes» variados: «monárquicos, liberais, democráticos, plutocráticos, corporativos e ditatoriais», entre outros.

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«Mãos fora da Venezuela»: o mundo em defesa da revolução bolivariana

No dia em que centenas de milhares vieram para as ruas da Venezuela defender a paz e Maduro, pelo mundo fora houve múltiplas expressões de apoio à revolução bolivariana, à soberania e contra a ingerência.

Mobilização de apoio à Venezuela bolivariana na República Democrática do Congo Créditos / @ISB_VE

Sábado, na Venezuela, foi dia de grandes e numerosas mobilizações a favor da paz, da unidade, da soberania e de Nicolás Maduro.

Segundo refere a Prensa Latina, além de Caracas, onde se mobilizaram centenas de milhares de pessoas em defesa do «chavismo», mais de cem cidades acolheram manifestações de apoio a Maduro e contra o fascismo.

Na capital, Caracas, o presidente venezuelano sublinhou que se tratava de uma jornada de mobilização plenamente vitoriosa, nomeadamente sobre os chamados «influencers de Miami», derrotados pelo «verdadeiro influencer», que é o povo venezuelano.

Mobilização de apoio à Venezuela bolivariana em Seul (Coreia do Sul) / @embaVEKOR

Perante os milhares de pessoas que participaram na Grande Marcha nacional, junto ao Palácio de Miraflores, Nicolás Maduro destacou igualmente as derrotas do «derrotado Edmundo González», que estará a preparar-se para fugir do país, tendo Miami como destino, e de María Corina Machado, a extremista de direita que «nem uma semana durou» – mas alertando que se trata de «uma mente criminosa e violenta».

Neste contexto, declarou: «Hoje posso afirmar, com toda a certeza, que vencemos de novo, a paz venceu, o povo venceu.»

Destacou ainda a necessidade de acelerar as mudanças e transformações que o povo quer, tendo marcado para dias 18, 19 e 20 de Outubro um congresso nacional de diálogo e debate de todo o povo, com o propósito de definir as principais linhas de acção e desenvolvimento para o país sul-americano até 2031.

«Hands Off Venezuela» / «Mãos fora da Venezuela»

Com este lema e etiqueta, o dia de sábado foi de solidariedade, mundo fora, com a Revolução Bolivariana, tendo havido dezenas de concentrações, iniciativas e expressões solidárias em países como o Mali, a Coreia do Sul, os EUA, a Bolívia, Porto Rico, Cuba, República Democrática do Congo, Estado espanhol (Galiza, Astúrias e País Basco), Quirguistão, Palestina, Itália ou Panamá, entre outros.

Dinamizadas por organizações sociais e camponesas, por sindicatos e partidos políticos, as mobilizações vincaram o apoio ao povo da Venezuela, ao presidente Nicolás Maduro e repudiaram o fascismo, o imperialismo e a ingerência externa.

Mobilização de apoio à Venezuela bolivariana no Mali / Asamblea Internacional de los Pueblos

No Mali, indica a TeleSur, um grupo de manifestantes mobilizou-se em defesa da democracia e da soberania populares, e contra a intervenção norte-americana na Venezuela. Já na Coreia do Sul, um grupo de pessoas protestou contra o imperialismo dos EUA frente à embaixada desse país em Seul, ao mesmo tempo que declarou apoio ao povo venezuelano, que elegeu Nicolás Maduro como seu presidente.

Em Nova Iorque (EUA), um grupo de activistas protestou frente às instalações da Fox News, denunciando «as suas mentiras contra a democracia popular venezuelana e o seu papel activo no golpe de Estado em curso orquestrado pelo imperialismo norte-americano», refere a fonte.

Em Espanha, nas regiões das Astúrias, da Galiza e do País Basco, houve iniciativas de apoio à soberania popular no país caribenho, nomeadamente frente ao Consulado da Venezuela em Vigo ou na Aste Nagusia (Semana Grande) de Bilbau, em defesa da revolução Bolivariana e contra a ingerência imperialista.

Apoio à Venezuela bolivariana em Roma (Itália) / @embavenitalia

Por seu lado, em San Juan, capital de Porto Rico, um grupo de manifestantes juntou-se nas imediações da estátua de Simón Bolívar, para exigir respeito pelas decisões soberanas do povo venezuelano, nomeadamente a de escolher Nicolás Maduro como seu presidente.

Em La Paz, na Bolívia, dezenas de activistas mobilizaram-se em Defesa da Verdade da Venezuela, repudiando a campanha mediática internacional contra a soberania do país sul-americano e a vitória eleitoral de Maduro.

Outra das muitas expressões de solidariedade, veiculadas este sábado, com o povo venezuelano veio da parte da Liga dos Jovens Agricultores da República Democrática do Congo, que se mobilizaram em defesa da soberania e da democracia, e em apoio a Nicolás Maduro, tal como o fizeram, em Roma (Itália), vários activistas ou, no Quirguistão, o Movimento de Solidariedade e o Partido Comunista.

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O ex-ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros também criticou a utilização do termo «Madurismo», que classificou como uma «estupidez»: «Se há algo claro na Venezuela, é que o chavismo é um processo histórico unitário e indivisível», declarou, acrescentando que «alguns traidores, muito poucos, sempre haverá».

Sobre a incidência e a insistência nas «actas», em que caíram extremistas de direita e outros, disse Arreaza que se trata de «uma narrativa artificial sobre a publicação» de algo que nem sequer a Lei venezuelana contempla.

Também frequente, lembrou o dirigente da ALBA-TCP, é a utilização de «ditadura», «tirania» e termos afins, por parte de «democratas» e órgãos de imprensa que os vocalizam, para se referirem à Venezuela.

A este propósito, Jorge Arreaza recordou que «os Conselhos Comunais e Comunas da Venezuela fazem as suas eleições de base e de gestão de projectos, e que o país se prepara para eleições de governações, autarquias, Conselhos Legislativos, Conselhos Municipais e deputados à Assembleia Nacional em 2025».

No que respeita a uma alegada «coacção», também na moda, explicou que o ex-candidato presidencial Edmundo González, que classificou como «cobarde», esteve escondido desde o dia das eleições presidenciais, 28 de Julho, na Embaixada dos Países Baixos.

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Venezuela apreendeu armas e deteve estrangeiros ligados a plano terrorista

O ministro venezuelano do Interior, Diosdado Cabello, forneceu detalhes sobre a operação violenta organizada por mercenários de vários países, em conjunto com a extrema-direita local.

Diosdado Cabello exibe o armamento apreendido, que iria ser utilizado em acções de terrorismo Créditos / TeleSur

As autoridades venezuelanas revelaram, este sábado, terem procedido à apreensão de 400 espingardas enviadas a partir dos EUA, bem como à detenção de seis cidadãos estrangeiros, que entraram no país caribenho para levar a cabo um plano que implicava gerar desestabilização e acções violentas.

Em conferência de imprensa, à tarde, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse que as forças de segurança prenderam dois cidadãos espanhóis, três norte-americanos e um checo, confiscaram telemóveis e, dessa forma, conseguiram «frustrar um possível ataque terrorista à Embaixada da Argentina na Venezuela», pelo qual se «pretendia culpar» o governo venezuelano.

Na ocasião, explicou que as pessoas detidas falaram sobre lançar granadas e explosivos contra a missão diplomática e que têm ligações a um aliado de Juan Guaidó, marioneta de Washington que se chegou a autoproclamar presidente da Venezuela.

As investigações também revelaram um plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidente Delcy Rodríguez e o próprio Cabello.

«O governo da Venezuela utilizará todos os mecanismos necessários para derrotar os grupos de mercenários e terroristas que tentam minar a paz e a ordem nos país», afirmou Cabello, alertando que estas acções se enquadram numa manobra mais ampla, em alusão à ofensiva que o país enfrenta, promovida pela extrema-direita, Washington, Madrid e outros governos estrangeiros, na sequência das eleições presidenciais de 28 de Julho, que Nicolás Maduro venceu.

Em operação dirigida pelos EUA, a Espanha cabia captar mercenários

À noite, Diosdado Cabello deu uma entrevista à TeleSur e a outros órgãos públicos, na qual detalhou mais algumas questões relacionadas com a operação terrorista que as autoridades venezuelanas estão a desarticular.

Entre outros aspectos, o ministro do Interior precisou que a operação violenta era dirigida por Washington e que aos organismos dos serviços secretos espanhóis cabia recrutar os mercenários para a executar.

Entrevista do ministro do Interior venezuelano à TeleSur // Freddy Ñáñez (Telegram)

Cabello disse que as autoridades venezuelanas prenderam o militar norte-americano no activo Wilber Joseph Castañeda, que se encontrava no país sul-americano em pleno processo eleitoral e que dirigiu toda a operação.

Tendo entrado na Venezuela em Março e Julho, estabeleceu contactos com políticos e com o crime organizado, esclareceu Diosdado Cabello, acrescentando que o outro norte-americano detido é especialista em hacking.

Disse ainda que foram presos dois cidadãos espanhóis – membros dos serviços secretos e com ligações a Wilber Joseph Castañeda, a determinados sectores políticos e grupos do crime, aos quais caberia executar as operações em preparação – e um mercenário de nacionalidade checa, ao qual foi apreendido um livro com notas sobre ligações a políticos venezuelanos, sobre a violência na Venezuela depois de 28 de Julho e sobre como torturar e como sobreviver na selva.

A coordenação destas acções, frisou o ministro, foi-se deslocando para o Equador, isto porque, em seu entender, já não é tão fácil actuar na Colômbia como durante a governação de Iván Duque, um inimigo declarado da Revolução Bolivariana.

Armas para uso exclusivo do Exército dos EUA

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ALBA-TCP reafirma posição contra a ingerência nos assuntos dos seus países

A XI Cimeira Extraordinária da ALBA-TCP terminou com uma declaração que sublinha o apoio à Venezuela e reafirma o compromisso com os princípios de não ingerência e respeito pelos assuntos internos de cada país.

A XI Cimeira Extraordinária da ALBA-TCP teve lugar segunda-feira à tarde Créditos / t.me/CancilleriaVE

No documento, de nove pontos, os chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) condenam qualquer golpe o intentona golpista na Venezuela e nos demais países da região, considerando que constituem uma «via violenta, ilegal e inconstitucional que ameaça a democracia, a paz e a própria vida».

Repudiam «os planos e as acções desestabilizadoras promovidas por agentes externos», no intuito de não reconhecer «a vontade dos povos da América Latina e das Caraíbas, expressa de forma democrática e legítima nas urnas».

Os governantes da ALBA-TCP repudiam igualmente «a brutal guerra mediática, repleta de ódio, intolerância, discriminação e desprezo nas redes sociais, estrategicamente dirigida às gerações mais jovens da sociedade venezuelana» para promover «a violência, o vandalismo e a barbárie».

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Hugo Chávez teve papel essencial nos processos de integração

O secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) sublinhou o impulso que Chávez deu aos processos de integração na região.

Comandante Hugo Chávez Frías 
Créditos / @AsambleaCuba

Na sua conta de Twitter, o secretário executivo da ALBA-TCP, Sacha Llorenti, prestou homenagem a Hugo Chávez, por ocasião do nono aniversário do seu falecimento.

«Um dos frutos da sementeira do comandante Hugo Chávez é a ALBA-TCP, uma aliança organizada para a vida e a paz; não para agredir ninguém, mas para construir um mundo multipolar e policêntrico, baseado na solidariedade e na unidade dos povos», escreveu Llorenti este sábado.

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Foi em 5 de Março, passaram

Cinco anos sem Hugo Chávez

Hoje como há cinco anos, a dignidade dos que lutam por romper com o capitalismo e por defender a sua soberania é a reserva moral da Venezuela. E como disse Hugo Chávez, «aqui no se rinde nadie, carajo».

Chávez e crianças, 17/06/2012.
CréditosMárquez/Ministerio del Poder Popular para la Comunicación y la Información (MippCI) del Gobierno Bolivariano de Venezuela (minci.gob.ve)

«Bolívar desperta a cada cem anos quando desperta o povo, escreveu Pablo Neruda», foi o que me disse Rafael quando esperávamos juntos a chegada de Hugo Chávez nos arredores de Coro, em 2008. As imagens repetiam-se uma e outra vez. Onde quer que ele estivesse, aonde quer que fosse, a terra enchia-se da poeira dos passos das mulheres e homens com fome de justiça. Desse dia, lembro-me sempre de uma velha que trazia nos sulcos do rosto o incomensurável sofrimento a que toda aquela gente havia sido submetida durante décadas.


Eles não esquecem. Nunca esqueceram quem é que aos antepassados encheu as costas de vergastadas. Têm na ponta da língua os nomes dos heróis que arrastaram multidões e esmagaram tiranias. Homens como Guaicaipuro, o índio que liderou uma das primeiras revoltas contra os invasores espanhóis. O meu anfitrião era um ex-guerrilheiro que havia combatido nas montanhas da região nas Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN), apoiadas pelo Partido Comunista da Venezuela, e que dera ao seu filho o nome de José Leonardo Chirino. O mítico zambo insurgira-se naquelas encostas, em 1795. Filho de uma indígena livre e de um escravo negro, conduziu uma poderosa revolta, que acabou com o seu corpo sendo esquartejado.

De vez em quando, um rumor atravessava a massa humana que bloqueava todas as ruas e avenidas. Nos telhados dos pisos térreos, soldados do corpo presidencial cerravam punhos e saudavam a população. Rafael falou-me também de Ezequiel Zamora. Se todos conhecemos o libertador de povos, o homem que abriu caminho à independência da maioria dos países da América do Sul, poucos sabem quem foi o insurrecto que incendiou o país com as ideias de terra para quem a trabalha. Depois da derrota do projecto de Simón Bolívar, Zamora encheu a esperança dos pobres e arrastou consigo também um índio guariquenho. Era Pedro Pérez Pérez, que fugiu para Ospino depois do assassinato do seu líder. No ventre de Josefa Delgado, o guerrilheiro do século XIX deixou a semente da revolta. O filho de ambos, Pedro Pérez Delgado, que ficou conhecido como Maisanta, tomou a bandeira do pai e levantou-se com os camaradas de quartel contra a ditadura do General Gómez. Acabou por morrer na prisão aos 44 anos. «Por que te cuento esto?», interrogou-me Rafael, «porque su bisnieto es el hombre que acaba de llegar». Nesse momento, um grito ensurdecedor irrompeu entre a multidão. Explodiam foguetes por todas as partes. A maré vermelha com dezenas de milhares de mulheres e homens movia-se como um só corpo. Entre aquela tempestade humana, subia ao palco Hugo Chávez, o bisneto de Maisanta.


Quando morreu, neste dia, há cinco anos, o mundo pôde observar, atónito, como um povo inteiro se acotovelava para despedir-se do comandante da revolução bolivariana. A imprensa ocidental tratava de ridicularizar os milhões que durante dias fizeram filas para ter os seus últimos segundos junto de Hugo Chávez. Essa imagem chocava com o funeral de Margaret Thatcher ou de outros representantes políticos dos grandes grupos políticos e económicos. As únicas ruas que se encheram no Reino Unido foram as que viram os trabalhadores celebrar a morte da bruxa que promoveu o vampirismo neoliberal. O herdeiro de Maisanta foi celebrado pelas massas que queriam agradecer que um dos seus tivesse resgatado o seu povo das garras de Washington, que, finalmente, todas as crianças pudessem comer mais do que uma refeição, que a saúde fosse acessível a todos, que se tivesse erradicado o analfabetismo e que a Venezuela tivesse passado para a vanguarda dos países com mais alunos a frequentar de forma gratuita o ensino superior.

Esta manifestação colectiva de pesar percorreu o mundo. Das Caraíbas ao Médio Oriente, de África ao Extremo Oriente. Na semana em que morreu Hugo Chávez, as paredes da Cova da Moura, na Amadora, encheram-se com mensagens de despedida. Só não chorou aquela Europa e aquela América loura e de olhos azuis que quer fazer da Venezuela outra vez colónia sua. Só não choraram os que agora falam de democracia e patrocinaram o golpe de Estado fascista que acabou derrotado pelo povo em 2002.


Hoje, quando o quadro político e económico é semelhante àquele em que afogaram o Chile de Salvador Allende, o imperialismo mobiliza todos os recursos mediáticos para mobilizar a opinião pública contra o processo bolivariano. Independentemente do que venha a suceder, a dignidade dos que lutam por romper com o capitalismo e por defender a sua soberania são a reserva moral da Venezuela. E como disse Hugo Chávez, «aqui no se rinde nadie, carajo».


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A ALBA-TCP nasceu a 14 de Dezembro de 2004 em Havana por iniciativa dos dirigentes revolucionários e então presidentes de Cuba, Fidel Castro (1926-2016), e da Venezuela, Hugo Chávez (1954-2013).

Integrada por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, Granada e Santa Lúcia, a aliança «constitui uma alternativa político-estratégica de unidade latino-americana e caribenha, tendo por base a solidariedade, a cooperação e complementaridade», refere a agência Prensa Latina.

A propósito do nono aniversário do falecimento de Chávez, diversas figuras políticas e representantes governamentais dos países-membros do bloco regional sublinharam a vigência do pensamento revolucionário e integracionista do dirigente bolivariano.

«Há nove anos que o Melhor Amigo não está, mas o seu legado permanece», afirmou o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na sua conta de Twitter. Acrescentou que «a Revolução bolivariana avança e a ALBA renasce, a integração da Nossa América chegará. Em Cuba não te esquecemos.»

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Países da ALBA reafirmam compromisso com integração latino-americana

Face às ameaças à estabilidade na região, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) reiterou esta quinta-feira o empenho na unidade e na cooperação.

A XIX Cimeira de Chefes dde Estado e de Governo da ALBA-TCP realizou-se em Caracas por ocasião do bicentenário da Batalha de Carabobo 
Créditos / Prensa Latina

No final da XIX Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da ALBA-TCP, que ontem se realizou em Caracas, as altas autoridades do bloco reafirmaram a vontade de integração genuinamente latino-americana e caribenha, que permita enfrentar as pretensões de dominação imperialista.

Neste sentido, os países-membros da Aliança destacaram a necessidade de fortalecer a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) como mecanismo de concertação política que reúne os estados da região, tendo por base o princípio da unidade na diversidade, informa a agência Prensa Latina.

Na declaração final da cimeira [acessível na íntegra aqui, em castelhano], saudou-se o regresso da Bolívia à ordem constitucional, bem como a acção do presidente Luis Arce, a nível interno e externo, para fazer avançar o país andino-amazónico na senda da reactivação económica.

Apoio a Venezuela, Nicarágua e Cuba

A ALBA-TCP voltou a reconhecer as autoridades legítimas da Venezuela e saudou a realização, em Novembro deste ano, das eleições regionais e municipais, expressão da sólida democracia participativa do povo venezolano.

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A ALBA marca uma etapa de «dignidade para a América Latina»

As palavras são do presidente da Bolívia, Evo Morales, na saudação aos países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, que hoje cumpre 13 anos. O XVI Conselho Político deste organismo, fundado por Fidel Castro e Hugo Chávez, reúne-se esta quinta-feira em Havana.

Hugo Chávez, Fidel Castro e Evo Morales em Havana, quando da integração da Bolívia na ALBA, em 2006
Créditos / laradiodelsur.com.ve

Com o objectivo de «reforçar a sua unidade e capacidade de concertação», decorre esta quinta-feira, na capital cubana, o XVI Conselho Político da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), informou o diário Granma.

O matutino cubano sublinha que «a integração latino-americana e caribenha é hoje mais necessária do que nunca», pelo que será uma das directrizes do encontro.

A ALBA-TCP dará continuidade ao caminho traçado pelos antigos chefes de Estado de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, «em prol da defesa da Pátria americana e, nesse sentido, reafirmará os princípios da América Latina e das Caraíbas como Região de Paz», afirma o diário.

Refere ainda que o Conselho Político irá apoiar a soberania e a autodeterminação da Venezuela, face aos «constantes ataques político-mediáticos da oposição».

«Mecanismo de dignidade para o continente»

Numa mensagem dirigida aos países-membros da ALBA-TCP no dia em que este organismo cumpre 13 anos de existência, o presidente boliviano, Evo Morales, qualificou a Aliança como um «mecanismo de dignidade para o continente».

Na sua conta de Twitter, Evo Morales sublinhou que a ALBA – que em 2009 se passou a designar ALBA-TCP – constituiu um marco na libertação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), criada pelos Estados Unidos da América, e deu início a uma «etapa de dignidade para a América Latina».

Salientou ainda o papel fundamental de Hugo Chávez e Fidel Castro, «líderes históricos que nos guiaram na luta contra o imperialismo», para a criação da ALBA, «uma aliança política, económica e social [criada] em defesa da independência e da autodeterminação dos nossos povos», disse.

Comissão Intergovernamental Cuba-Venezuela

Além do Conselho, esta quinta-feira terá lugar a XVII Comissão Intergovernamental entre Cuba e a Venezuela, em que será analisada a colaboração bilateral deste ano e serão traçadas as directrizes que a guiarão em 2018, anuncia o Granma.

Entre os temas que as partes deverão abordar estão a saúde e a participação de Cuba em missões na nação bolivariana. No último encontro deste tipo, que decorreu em Caracas em Dezembro de 2017, foram firmados acordos ao nível económico, da saúde, da cultura e do desporto.

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O mecanismo de integração regional manifestou igualmente o apoio ao governo da Nicarágua, tendo condenado as tentativas reiteradas de desestabilização contra o país centro-americano por parte dos Estados Unidos, para interferir no desenvolvimento das eleições gerais, marcadas para Novembro deste ano.

A Aliança reiterou ainda a condenação do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto por Washington a Cuba, bem como a rejeição da campanha de descrédito promovida pela administração norte-americana contra a cooperação médica cubana, no contexto da pandemia de Covid-19.

Condenação de Almagro e da violação dos direitos humanos na Colômbia

Ao nível da Saúde, os países da ALBA-TCP defenderam a imunização universal contra a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, bem como a garantia de uma distribuição urgente, equitativa, solidária, e a preços acessíveis de vacinas e equipamentos.

Entre outros pontos, a declaração reconhece o direito dos países das Caraíbas a receber um tratamento justo, especial e diferenciado, reafirmando o apoio incondicional à defesa e promoção das suas justas reivindicações, informa a Prensa Latina.

Expressa a profunda preocupação do bloco com massivas violações dos direitos humanos perpetradas contra o povo colombiano, exigindo o respeito pela dignidade das pessoas e pelo seu direito à manifestação pacífica.

Rejeitou ainda a actuação do secretário-geral da Organização de Estados Americanos, Luis Almagro, por legitimar acções violentas, intervenções nos assuntos internos e rupturas na ordem constitucional de alguns países da região.

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Política intervencionista dos EUA e golpe na Bolívia condenados em Havana

A ALBA-TCP denunciou a política agressiva dos EUA, que desestabiliza a América Latina, com a cumplicidade da comunicação social e de oligarquias locais, e a implementação de modelos neoliberais.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, dialogam no decorrer da XVII Cimeira da ALBA-TCP, celebrada este sábado em Havana
Créditos / @CancilleriaVE

Na Declaração da XVII Cimeira da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), que ontem decorreu na capital cubana, afirma-se que o golpe contra Evo Morales, na Bolívia, é «uma expressão clara da estratégia imperialista de Washington no hemisfério ocidental».

O documento, lido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, condena igualmente a intenção dos EUA de violar a soberania dos povos em função das suas pretensões hegemónicas.

Para os participantes no encontro, não há dúvidas quanto à cumplicidade da oligarquia boliviana na «violenta interrupção da institucionalidade democrática» no país andino, nem quanto ao «apoio complacente de outras oligarquias da região».

Denunciam ainda que, na Bolívia, «se multiplicaram a intolerância, o racismo, a repressão brutal contra os movimentos sociais e os povos originários, com a clara determinação de reverter as conquistas alcançadas pelo povo» durante a governação de Evo Morales.

A ALBA-TCP condenou também as ameaças de recurso à força por parte dos Estados Unidos contra a Venezuela, bem como a manutenção e o reforço de medidas coercitivas unilaterais contra o seu povo.

Declarando o apoio à revolução bolivariana, o mecanismo criado em 2004 por Hugo Chávez e Fidel Castro rejeitou ainda a activação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) contra o país caribenho e denunciou as ameaças e repetidas tentativas de desestabilização dirigidas à presidência de Daniel Ortega na Nicarágua.

EUA atentam contra o princípio da América Latina como Zona de Paz

A política norte-americana viola gravemente o princípio da América Latina como Zona de Paz, referiu Bruno Rodríguez ao ler a Declaração, denunciando que Washington retoma métodos que pareciam ultrapassados na região e aplica novas fórmulas da guerra não convencional em vários países, com o intuito de recuperar os espaços conquistados pelos governos progressistas.

Foram também apontadas e condenadas as sistemáticas acções levadas a cabo pelos Estados Unidos para sabotar a cooperação cubana em vários países em prol dos que mais precisam, assim como as pressões exercidas sobre alguns governos para que ponham fim a essa cooperação.

O texto sublinha que a assunção do poder por governos neoliberais na região gerou retrocessos visíveis nas políticas sociais, fez aumentar a pobreza e a desigualdade social, e pôs de parte amplos sectores populares. Este cenário e a corrupção crescente, entre outros factores, provocaram as múltiplas manifestações de descontentamento e revolta na América Latina, nomeadamente no Chile, na Colômbia e no Equador.

Participação de elevado nível

Na XVII Cimeira da ALBA-TCP, que ontem se realizou em Havana, estiveram presentes os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, além de outros altos representantes dos países que integram o bloco e convidados.


Criada em Havana a 14 de Dezembro de 2004 por inciativa dos então presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e de Cuba, Fidel Castro, a ALBA-TCP, cujo secretário executivo é o ex-ministro boliviano dos Negócios Estrangeiros, David Choquehuanca, integra os dois países fundadores, a Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, o Suriname, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, e Granada.

Em Novembro último, depois do golpe na Bolívia, o governo golpista da autoproclamada Áñez anunciou a saída do país andino deste bloco, tal como fez o Equador, governado pelo «traidor» Lenín, no ano passado.

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A ALBA-TCP decidiu também potenciar o desenvolvimento da zona económica complementar ALBA-Petro Caribe como modelo de desenvolvimento produtivo e tecnológico.

Antes da reunião, o secretário executivo da ALBA-TCP, Sacha Llorenti, disse que a cimeira de ontem na capital da Venezuela seria ocasião para homenagear o bicentenário da Batalha de Carabobo – uma contenda militar decisiva na Guerra da Independência da Venezuela – e para reforçar as relações entres os membros do organismo.

Depois de ter estado ausente um ano, devido ao golpe de Estado, a Bolívia reintegrou-se no mecanismo de integração regional após Luis Arce ter assumido o chefia do Estado, pelo que a ALBA-TCP, criada em 2004 por iniciativa dos dirigentes revolucionários Fidel Castro e Hugo Chávez, é composta actualmente por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, Granada e São Cristóvão e Neves.

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Por seu lado, o ex-presidente e dirigente político boliviano Evo Morales recordou Chávez como o grande líder revolucionário que «abriu a senda do socialismo do século XXI para benefício dos mais pobres».

«O irmão Hugo Chávez Frías foi o presidente mais visionário, generoso e solidário que fortaleceu com determinação incansável os laços de irmandade entre povos libres da Pátria Grande desejada por Simón Bolívar. O seu "crime" foi levar saúde, comida e bem-estar ao seu povo», escreveu Morales no Twitter.

Acrescentou que, «por denunciar as injustiças do capitalismo», Chávez foi alvo de «ataques de ódio e atentados». «Agora, para destruir o seu legado, os Estados Unidos bloqueiam economicamente a Venezuela», mas «o exemplo de Chávez é a luz que alumia para sempre o caminho revolucionário».

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Neste mesmo sentido, pronunciam-se contra «os ataques e actos de vandalismo contra pessoas, infra-estruturas públicas, símbolos religiosos e nacionais que fazem parte da idiossincrasia venezuelana», com o intuito de criar «uma matriz de opinião de caos» num país em que as eleições de 28 de Julho decorreram «em paz e democracia».

Também denunciam o não reconhecimento do resultado eleitoral por parte de «um sector da oposição venezuelana, violento e fascista, que pediu abertamente o intervencionismo e mais sanções para o país em diversas ocasiões em detrimento do povo».

Os governantes da ALBA-TCP reclamam à chamada comunidade internacional que «respeite a soberania, a autodeterminação e a vontade democrática do povo venezuelano», e lamentam que alguns governos questionem os resultados eleitorais na República Bolivariana da Venezuela, além de emitirem comunicados e pronunciamentos que não reflectem a realidade desse país caribenho.

«É fundamental que todos os estados reconheçam o princípio de não ingerência nos assuntos internos e trabalhem juntos para fomentar o diálogo e a cooperação construtiva em vez de alimentar divisões», sublinha o texto.

Entre outras questões abordadas, os governantes saúdam a reeleição do presidente Nicolás Maduro, reconhecem a soberania da Venezuela para resolver os seus próprios assuntos e reafirmam que a América Latina e as Caraíbas é uma zona de paz.

O encontro extraordinário da ALBA-TCP decorreu na segunda-feira à tarde, de forma virtual, liderado por Nicolás Maduro e tendo contado com a participação dos presidentes Miguel Díaz-Canel (Cuba), Luis Arce (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua), bem como dos primeiros-ministros Ralph Gonsalves (São Vicente e Granadinas), Dickon Mitchell (Granada), Roosevelt Skerrit (Dominica), Terrance Drew (São Cristóvão e Neves) e Philip J. Pierre (Santa Lúcia).

Como convidada, esteve presente a embaixadora das Honduras na Venezuela, Scarleth Romero.

Cuba reafirma apoio à Venezuela

Ao intervir na XI Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da ALBA-TCP, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, insistiu na necessidade de unidade e solidariedade dos países da região, tendo em conta o panorama da Venezuela, que é alvo de uma campanha «grosseira e concertada de descrédito que visa mascarar outra tentativa de golpe de Estado».

Díaz-Canel a intervir no encontro / PL

Além disso – refere a Prensa Latina –, Díaz-Canel denunciou a persistência do acosso imperialista, a ingerência externa, a arremetida das oligarquias e a manipulação mediática e política como forma de criar desestabilização e tentar derrubar o governo bolivariano e chavista.

«Não é possível permanecer indiferentes ante a calculada articulação das oligarquias regionais, o imperialismo, os empórios das comunicações e as plataformas digitais contra a Venezuela», disse.

Expressando o respeito e a admiração de Cuba pela unidade civil-militar bolivariana e chavista, o chefe de Estado sublinhou que na Venezuela se trava um conflito claro entre duas visões do mundo: de um lado, justiça social e, do outro, a prevalência do interesse em preservar o sistema das injustiças e hegemonias.

Ortega: Maduro é o presidente legítimo da Venezuela

Na sua intervenção, o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, voltou a expressar o seu apoio à Revolução Bolivariana e a refirmar que Nicolás Maduro é o presidente legítimo do país sul-americano.

O chefe de Estado classificou como «brutal e cobarde» a recção de certos governos de países latino-americanos e afirmou que a imensa maioria dos povos da região, os agricultores, os trabalhadores e a juventude estão com o dirigente venezuelano e a Revolução Bolivariana.

Daniel Ortega alertou ainda para eventuais acções de mercenários contra a Venezuela. «Não descartem a possibilidade de que organizem uma contra-revolução armada como as que armaram contra nós», disse, tendo declarado que Maduro poderá contar com os sandinistas.

Entre outros aspectos, recordou as declarações dos ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque «contra a vitória do povo bolivariano», lembrou que por ali há «bases militares ianques» e sugeriu ao governo da Venezuela que se mantenha alerta.

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Na longa entrevista dada por Cabello, este destacou o facto de as armas apreendidas serem exclusivamente utilizadas pelo Exército norte-americano e insistiu que toda a operação foi orquestrada pelos EUA, através da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).

Cabello, que acusou o FBI (Departamento Federal de Investigação) de ter feito uma inspecção ao local onde se encontravam as armas, na Flórida, e não as ter apreendido, afirmou que os interrogatórios revelaram, até agora, contactos entre os orquestradores e figuras da direita venezuelana, como María Corina Machado, Julio Borges, Belén Salas, Carlos Vecchio e Yorman Varillas, venezuelano acusado de ter cometido um assassinato no estado de Zulia, que teria escapado para os Estados Unidos.

«Pensaram que a operação ia ser muito fácil. Termos apreendido as armas é um golpe muito duro. Talvez seja simples para eles conseguir armas, mas metê-las aqui, na Venezuela, não», afirmou Cabello, alertando que não se pode baixar a guarda.

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Além disso, frisou, não compareceu no Supremo Tribunal de Justiça, no Conselho Nacional Eleitoral ou na Procuradoria-Geral «para tratar institucionalmente das suas denúncias».

«Finalmente, traiu todos os seus eleitores e aliados ao reconhecer as verdades e a legalidade do país numa embaixada europeia com um bom copo de uísque e a sonhar com o jamón serrano que ia poder comer dali em diante», acrescentou Arreaza, aludindo ao seu exílio em Espanha – país que, desde há muito, dá guarida a venezuelanos que não vão parar a Miami.

O responsável da ALBA-TCP criticou ainda o facto de determinadas questões não terem cobertura na imprensa dominante-dominada ocidental, como as armas recentemente apreendidas e os norte-americanos e espanhóis detidos «numa conspiração evidente».

«Se por acaso se referem a eles, é para dizer que o Rrrrrégimen madurista dictatorial está a perseguir e a coaccionar uns pobres senhores que estavam de férias no país», disse.

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