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Cientistas saem à rua contra a precariedade

«Há razões de sobra», diz a ABIC, para a manifestação nacional marcada para o dia 23 de Outubro, em Lisboa. Trabalhadores científicos lutam por medidas como a substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho.

CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

Com o objectivo de, mais uma vez, contestar a precariedade que grassa na ciência, a manifestação contra a precariedade na ciência parte do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, pelas 14h30, em direcção à Assembleia da República, e a Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) integra o conjunto de organizações que a promovem.

A estrutura sublinha na sua página no Facebook que «há razões de sobra» para que, independentemente do vínculo ou da função, os trabalhadores científicos participem no protesto da próxima quarta-feira. A garantia de financiamento consistente para o emprego científico de doutorados e de um mecanismo permanente de financiamento para a contratação na carreira de investigação científica são algumas das exigências, a que se junta a revogação do Estatuto do Bolseiro de Investigação e substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho. 

A integração permanente nas carreiras dos trabalhadores que desempenham funções técnicas, de gestão de ciência e funções próximas é outra das exigências destes profissionais, que salientam que o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) «não foi solução». Segundo a ABIC, um «grande número de trabalhadores» permanece ao abrigo de «vínculos inadequados», exigindo por isso a integração e valorização funcional e salarial dos trabalhadores que exercem funções de carácter permanente.

Entre as razões que motivam a acção de luta está também a necessária integração permanente nas carreiras dos «falsos docentes convidados», ou seja, regularizar os vínculos destes profissionais e integrá-los na respectiva carreira. O fim do subfinanciamento crónico das Instituições de Ensino Superior e de Ciência e a democratização das instituições fazem parte do conjunto de exigências que os trabalhadores científicos levam à rua. 

A manifestação contra a precariedade na ciência é uma acção conjunta de estruturas como a Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN), Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (CGTP-IN), Organização dos Trabalhadores Científicos, Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) e Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis.

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