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Sindicato consegue aumentos salariais na Caixa para os próximos dois anos 

Foi um processo negocial «difícil e exigente», que deu frutos. O STEC chegou a acordo com a administração da Caixa Geral de Depósitos para aumentos salariais em 2024 e 2025, com um mínimo de 65 euros no próximo ano. 

Após 11 reuniões negociais, nove com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e duas no âmbito do processo de conciliação no Ministério do Trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) conseguiu um acordo salarial de 3,2% em 2024, com um mínimo de 65 euros, e 13 euros diários de subsídio de almoço. O resultado obtido na derradeira reunião negocial, na semana passada, é um aumento mensal global de 76 euros, no mínimo, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro, a ser pago no vencimento de Outubro (aos reformados o pagamento ocorrerá em Novembro), incorporando já o valor avançado pela CGD em Fevereiro.

O STEC regista num comunicado que o aumento médio na tabela salarial é de 3,80%, ou seja, «significativamente acima» dos valores alcançados no restante sector bancário e da inflação prevista para o ano de 2024, «permitindo que trabalhadores e reformados recuperem algum do poder de compra perdido nos últimos anos».

Para 2025, o aumento será de 2,5% na tabela salarial e em todas as cláusulas de expressão pecuniária (excepto as ajudas de custo e abono para falhas), incluindo-se uma cláusula de salvaguarda caso a inflação registada em 2024 seja significativamente superior à prevista, ou na eventualidade de o Governo estabelecer valores de actualizações salariais superiores ao acordado para as empresas do Sector Empresarial do Estado, «o que reabrirá obrigatoriamente o processo negocial», defende o sindicato.

Com isto, acrescenta, «garante-se uma actualização salarial que vigorará logo em Janeiro de 2025, superior à inflação prevista para esse ano». A garantia é resultado da «firmeza e determinação que o STEC manteve ao longo deste processo negocial e que se traduziu em diversas acções de contestação, reivindicação e denúncia pública», realça o sindicato, que destaca a greve realizada no dia 1 de Março. 

Um mês antes, e em resposta à convocatória da greve, a CGD «avançou unilateralmente por decisão de gestão com um adiantamento salarial, subvertendo o processo negocial em curso e desrespeitando a contratação colectiva», critica o sindicato, que entretanto, e «face ao impasse negocial verificado», recorreu ao Ministério do Trabalho.

A entidade afecta à tutela apresentou uma proposta «que o STEC aceitou e a CGD recusou», onde se incluía o início, em 2025, de negociações directas com o STEC a fim de se contabilizarem os quatro anos de serviço (2013-2016) congelados exclusivamente aos trabalhadores do Grupo CGD. O STEC reage dizendo que não vai desistir desta causa, encontrando-se a aguardar audiência na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia da República, onde este será um dos temas abordados. 

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