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Na Lactogal a administração adiou quatro reuniões e trabalhadores partem para greve

A decisão de avançar com a greve para dia 30 de Outubro foi aprovada unanimemente pelos trabalhadores da Lactogal, que se reuniram em plenários fortemente participados no passado dia 11 de Setembro. Administração andou a fugir às reuniões. 

O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) anunciou que os trabalhadores da Lactogal em Oliveira de Azeméis irão realizar uma greve no próximo dia 30 de Outubro. A paralisação decorrerá durante todo o dia e contará com piquetes de greve e uma conferência de imprensa organizada pelo sindicato.

A decisão de avançar com a greve foi aprovada unanimemente pelos trabalhadores da unidade, que se reuniram em plenários no dia 11 de Setembro. De acordo com o SINTAB, esta mobilização reflecte uma postura de força dos trabalhadores, face à falta de resposta da administração da Lactogal ao caderno reivindicativo submetido em Julho.

O sindicato relata que, desde Setembro, a administração da Lactogal rejeitou quatro pedidos de reunião feitos pelo SINTAB. Apenas após o envio do pré-aviso de greve, a empresa sugeriu um encontro para o dia 29 de Outubro, véspera da greve.

Os trabalhadores, apesar disto, irão manter a greve, a menos que a administração apresente «propostas de ganho óbvio, imediato e concreto». Entre as reivindicações, destaca-se «aumentos salariais intermédios que garantam o mínimo de 150 euros para todos no anos de 2024, o exercício de ajustamento de salários para promover a igualdade salarial em cada função, nivelando todos ao salário mais favorável praticado, eliminando discrepâncias injustificadas em cada sector, a valorização do trabalho nocturno e por turnos, a actualização do subsídio de frio que tem o mesmo valor desde há 20 anos, a reimplementação das diuturnidades, assegurando-as como um direito de todos, e a reaplicação das pausas praticadas anteriormente nos setores de trabalho em condições adversas (frio)».

O SINTAB também denunciou práticas de assédio moral nas instalações da empresa, além de pressões direcionadas a trabalhadores com responsabilidades parentais, considerados abusivos e restritivos aos seus direitos.

A greve de 30 de Outubro marcará uma nova fase de contestação, com trabalhadores determinados a lutar por melhores condições laborais e pela implementação das exigências apresentadas em Julho.
 

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