Num comunicado ontem emitido, a organização precisou que 85 dos seus funcionários perderam a vida no enclave, no contexto da agressão sionista levada a cabo desde 7 de Outubro de 2023.
Além disso, 301 ficaram feridos e duas dezenas foram detidos pelo exército israelita, acrescenta o texto, citado pela agência Anadolu.
A Protecção Civil refere-se ainda à intensa destruição de equipamento desde o início da agressão. «Dezassete centros e sedes foram destruídos, enquanto o número de viaturas atingidas chegou a 56, incluindo 23 camiões de bombeiros, 11 ambulâncias e seis camiões-cisterna de água», precisa o texto.
As forças de ocupação destruíram também todo o equipamento de extinção de incêndios e de resgate, sublinha o organismo, acrescentando: «Sofremos 1,3 milhões de dólares em perdas» devido aos ataques.
«O massacre israelita paralisou a capacidade das equipas da protecção civil», deixando-as incapazes «de cumprir o seu dever humanitário», alerta o documento.
Prosseguem os bombardeamentos, agrava-se a situação humanitária
Desde o início de Outubro passado, as tropas israelitas intensificaram a ofensiva contra o enclave palestiniano, lançando uma operação em grande escala contra o Norte.
De acordo com as autoridades palestinianas, mais de 2000 pessoas perderam ali a vida desde então, num contexto de cerco apertado e grande crise humanitária, marcado pela falta de comida, de medicamentos e de ajuda.
Esta segunda-feira, as autoridades sanitárias informaram que o número de mortos verificados desde 7 de Outubro de 2023 subiu para 43 922 – na sua maioria, mulheres e crianças, estimando que haja milhares de corpos sob os escombros e espalhados nas ruas, devido à impossibilidade de os resgatar. O número de feridos contabilizados como resultado da ofensiva israelita é de 103 898.
Ontem à tarde, a Wafa dava conta de mais 50 vítimas devido a bombardeamentos israelitas, maioritariamente no Norte da Faixa de Gaza. Só numa casa arrasada em Beit Lahia, perto do Hospital Kamal Adwan, perderam a vida 17 civis, revelou a agência palestiniana.
Entretanto, da parte das Nações Unidas e de outras organizações, vão-se repetindo os alertas para a grave situação humanitária no enclave, especialmente no Norte, e para a iminência de uma fome generalizada.
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