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PEV considera que Orçamento «merecia um rotundo chumbo»

O Partido Ecologista “Os Verdes” manifestou uma forte oposição ao Orçamento do Estado para 2025, considerando que este «responde aos desejos ideológicos da direita e não dá resposta nem apresenta soluções eficazes para resolver os problemas estruturais do país».

CréditosPEV / PEV

Fazendo uma análise aos conteúdos plasmados no Orçamento do Estado (OE) para 2025, Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) emitiu uma nota na qual considera que o OE privilegia o grande poder económico, apontando como exemplo «a descida do IRC, que beneficia as grandes empresas que vai custar ao erário público mais de 360 milhões de euros, ou o continuado financiamento ao setor privado da saúde em detrimento do investimento necessário no SNS».

Para os ecologistas, estas opções políticas, aliada à prática dos baixos salários, são a receita da direita para manter «uma sociedade desigual, onde os mais ricos são sempre os intocáveis e a generalidade dos cidadãos, que vive do seu trabalho ou da sua pensão, os mais sacrificados».

Na área ambiental, o PEV critica um desinvestimento significativo, estimado em 700 milhões de euros, e acusa o Governo de negligenciar funções de vigilância e fiscalização. A ausência de investimentos na rede ferroviária nacional e a falta de medidas concretas para combater as alterações climáticas são apontadas como retrocessos preocupantes.

Os Verdes destacam também que o OE não resolve os graves problemas da saúde e da educação, nomeadamente a falta de profissionais que compromete o funcionamento adequado dos serviços. Na cultura, a redução do IVA das touradas para 6% foi classificada como uma decisão incompreensível, num contexto em que o setor continua subfinanciado e os seus profissionais desrespeitados.

O partido também critica a falta de medidas eficazes para enfrentar a crise habitacional, acusando o governo de não promover um aumento significativo da oferta pública de habitação e de manter incentivos que agravam a especulação imobiliária.

A par desta análise, os ecologistas acusam ainda o PS de se aliar ao PSD e CDS-PP para aprovar um orçamento que deveria ter sido rejeitado em benefício da sustentabilidade e do bem-estar de quem vive e trabalha em Portugal.
 

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